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A reforma do setor elétrico proposta pelo Ministério de Minas e Energia pode causar um aumento médio de 18,5% na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd) dos consumidores livres conectados em alta tensão em 2026. A constatação vem de um estudo da TR Soluções, apontando que as medidas propostas pelo governo focam mais na realocação de custos que compõem as tarifas do que na sua efetiva redução. A análise é semelhante

O levantamento também mostra que, de maneira geral, a reforma pode provocar ligeiras reduções nas tarifas de energia (TE) dos consumidores cativos, mas tende a provocar aumentos na Tusd e nas tarifas finais (tarifas de aplicação). O impacto médio de até 4,66%, como detalhado na tabela a seguir:

Impacto médio da proposta nas tarifas, por grupos de tensão e tipos de tarifas em 2026 (TR Soluções, com base no SETE)

As simulações da TR indicam que o impacto combinado nas tarifas de aplicação para as unidades consumidoras dos diferentes grupos tarifários é relativamente semelhante. No entanto, há uma realocação de custos entre os tipos de tarifas, cujos efeitos se intensificam conforme aumentam os níveis de tensão.

O sócio administrador da TR Soluções, Paulo Steele, salienta que as tarifas de aplicação consideram tanto as tarifas da energia (TE) como as de distribuição e transmissão. E que “se não houver mudanças na proposta de reforma, a conta deve ser paga principalmente pelas unidades consumidoras industriais em Alta Tensão via Tusd”.

O estudo foi concebido com base no Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE). Na análise, foram consideradas as cinco principais alterações previstas: abertura do Ambiente de Contratação Livre (ACL) para a baixa tensão, alteração na trajetória de rateio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica, realocação do encargo CDE-GD na TUSD, e tratamento da energia de Angra 1 e 2 nos moldes do Proinfa, incluindo consumidores livres na sua base de rateio.

A análise considerou a versão 14.88 do SETE, disponibilizada no dia 12 de maio de 2025. O estudo completo e orientações para os usuários do SETE fazerem suas próprias análises estão disponíveis no site da TR Soluções.

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