O consumo do mercado livre em setembro cresceu 12,4% em setembro quando comparado com igual período de 2015. A grande onda de migração de empresas para o mercado livre impactou no aumento de 9% no consumo de energia entre os consumidores livres e de 62,9% entre os consumidores especiais. Os dados são preliminares e foram coletados entre os dias 1º e 20 deste mês, ponderou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Sem a contabilização destas novas unidades consumidoras, há um crescimento de 2,4% no consumo entre os clientes livres e redução de 3,2% entre os clientes especiais. No geral, o consumo nacional de energia no período somou 59.108 MW médios com queda de 3,8% no mercado cativo.
 
A análise dos ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, aponta índices positivos de consumo nos setores de comércio (+59%), serviços (+45,1%) e telecomunicações (+31,3%) por conta da migração. Apenas o setor de extração de minerais metálicos (-19,5%) apresentou queda no consumo em setembro.
 
No mesmo período, os dados indicam aumento de 68,9% na produção de usinas eólicas, com entrega de 5.239 MW médios frente aos 3.101 MW médios gerados no ano anterior. A geração de usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, somou 41.741 MW médios, montante 2,9% superior ao registrado no mesmo período de 2015. A representatividade da fonte foi de 68,3% do total gerado no Sistema Interligado Nacional, índice 1,9 ponto percentual superior ao registrado no ano passado.
 
Já as usinas térmicas do sistema tiveram queda de 18,9% no desempenho. A retração ocorre devido à menor produção das usinas a óleo (-71,2%), a gás (-31,6%) e bicombustível (-20,2%). Ao todo, a geração se manteve estável em relação a setembro de 2015, registrando um aumento mínimo de 0,02%.
 
A CCEE estima que as hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia devem gerar, até a quarta semana operativa de setembro, o equivalente a 86,4% de suas garantias físicas, ou 43.984 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 84,3%.