Entre os ramos industriais analisados pela CCEE, incluindo autoprodutores, comercializadores varejistas, consumidores livres e especiais, o segmento que registra maior evolução é o comércio (101%), seguido por serviços (62%) e manufaturados diversos (57,1%). O crescimento destes setores está vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre. A análise do consumo aponta ainda leve recuperação dos setores têxtil (+19,5%), veículos (+13,2%) e madeira, papel e celulose (10,3%), mesmo sem os efeitos da migração de consumidores para o mercado livre. Houve queda no consumo entre os setores de bebidas (-14,5%), extração de minerais metálicos (-8,7%), transportes (-7,9%), minerais não-metálicos (-4,7%) e químico (-0,7%).
Considerando a mesma base temporal de comparação, a geração de energia no Brasil recuou 3,7%, somando 62.309 MW médios. Destaque para a produção eólica (+21,5%) e hidráulica (+4,9%) que, incluindo as pequenas centrais hidrelétricas, alcançou 48.231 MW médios com representatividade de 77,4% sobre toda energia gerada no país, índice 6,4 pontos percentuais superior ao registrado no ano passado. Os dados indicam ainda queda de 33,7% na produção das usinas térmicas, reflexo da menor produção das usinas nucleares (-62,8%), a óleo diesel (-55,2%) e a gás (-29,7%).
A CCEE também apresentou estimativa que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em dezembro, o equivalente a 96,1% de suas garantias físicas, ou 47.342 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 89,8%.