Relatório da Global Status, produzido pela organização REN 21, mostra que o Brasil se destaca na produção do biodiesel e do etanol combustível, quando foi o segundo colocado em 2014. Na geração hidrelétrica, ele também foi o segundo em capacidade e investimentos, ficando atrás da China nas duas ocasiões. A China liderou nos investimentos nas fontes renováveis em 2014, com os Estados Unidos ficando em segundo lugar, o Japão em terceiro e o Reino Unido em quarto. A Alemanha ficou em quinto lugar. Os chineses foram os que mais investiram em eólica, solar fotovoltaica e hidrelétricas. O Brasil foi o quarto país no mundo que mais investiu em eólicas. O relatório também indica que pelo menos 164 países têm metas e vem adotando políticas no âmbito de energias renováveis. Ele também estima que 145 países dão apoio a políticas do gênero. O relatório também aponta que as fontes renováveis vão enfrentar desafios em alguns países, como a imposição de novos impostos na Europa e o fim do crédito nos Estados Unidos.

O relatório também mostra que 59% da energia adicionado no mundo veio de energia renovável. O investimento global em energia renovável foi 17% maior que em 2013, saltando para US$ 270,2 bilhões. Caso fossem incluídos os investimentos em projetos hidrelétricos com capacidade maior que 50 MW, o número saltaria para pelo menos US$ 301 bilhões. Pelo quinto ano consecutivo, as fontes renováveis ultrapassaram os combustíveis fósseis em termos de investimento líquido.

Houve um aumento em projetos de energia solar na China e no Japão, assim como o de projetos eólicos offshore na Europa. O investimento em países em desenvolvimento foi 36% maior que no ano anterior, chegando a US$ 131,3 bilhões. Os países desenvolvidos chegaram aos US$ 138,9 bilhões, número 3% acima do registrado em 2013. Os investimentos continuaram a se espalhar para novos mercados ao longo de 2014, com o Chile, Indonésia, Quênia, México, África do Sul e Turquia cada um investindo mais de US $ 1 bilhão em energia renovável. As fontes eólica e solar lideraram os investimentos em tecnologia, com a solar abocanhando cerca de 55% dos novos investimentos e eólica, com 36,8%.

A fonte eólica continuou mostrando seu avanço em 2014, adicionando 51 GW, a maior marca de uma fonte renovável. Ela se apresenta como uma opção de menor custo para aumento de capacidade em um grande número de regiões e em mercados emergentes, como África, Ásia e América Latina. Pelo sétimo ano seguido, a Ásia é o maior mercado, com a China liderando nesse continente, que ultrapassou a Europa em capacidade.

O documento também aponta que depois de anos operando no vermelho, as fabricantes de turbinas tiveram um bom ano, com os dez principais players quebrando seus recordes de produção. Projetos de turbina onshore e offshore evoluíram para melhorar as performances da fonte e das empresas. Para acessar o estudo, em inglês, clique aqui.