O cenário tarifário atual mostra que a microgeração solar já é viável em 57 distribuidoras, cerca de 98,5% do mercado. De acordo com o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, a bandeira vermelha somada ao aumento das tarifas e a isenção de ICMS proporcionada por convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária trouxeram essa paridade. Tolmasquim participou de evento de energia solar nesta terça-feira, 23 de junho, no Rio de Janeiro (RJ).

Ainda de acordo com ele, a isenção de ICMS foi importante, uma vez que sem ela, quando as tarifas se restabelecerem e caírem, ela voltaria a perder a atratividade. "Com a determinação do Confaz, tem espaço para o preço da energia cair e ficar competitiva", avisa. Atualmente, a isenção não teria um efeito tão grande, mas nesse cenário futuro, sim. O executivo mostrou uma projeção com dados de 2013 que mostravam que com a isenção de ICMS, a microgeração ficaria viável em apenas sete distribuidoras e sem a isenção não seria viável em nenhuma.

Ele vê atualmente um grande potencial na região Sudeste, devido ao grande número de residências. Atualmente, existem 533 micro e mini geradores, em que 498 são fotovoltaicos. São 7 MW de potência instalada e 5 MW são de fonte solar.