A nova mina de urânio da INB deve começar a ser explorada plena em 2017. Localizada em Caetité, na Bahia, ela fica a dois quilômetros da outra mina da empresa a céu aberto que está com a capacidade esgotada. De acordo com Aquilino Senra, presidente da INB, a ideia é que o início da exploração comece no ano que vem. "Essa anomalia vai ter uma capacidade de produção de 340 toneladas por ano", revela Senra, que esteve presente na abertura do Seminário Internacional de Energia Nuclear para Fins Pacíficos, no Rio de Janeiro (RJ). A INB fornece o combustível para as usinas nucleares de Angra 1 e 2. Há 38 anomalias na cidade baiana e apenas uma havia sido aberta e ainda existe um projeto de mina subterrânea em processo de licenciamento. Esse licenciamento é mais complexo, devido a presença de radônio no local.

O presidente da INB lembra que a empresa tem ainda um outro projeto, o da mina de Santa Quitéria, no Ceará, que se encontra em processo de licenciamento. A mina a céu aberto associada será explorada em parceria com a Galvani, que atua na área na área de fertilizantes. O urânio fica com a INB e a Galvani com o fosfato. As audiências públicas foram homologadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis em novembro do ano passado, faltando ainda a concessão da licença prévia. A previsão é que a mina comece a ser explorada no final de 2018. A demanda de fosfato dará o tom da produção da mina. O prazo para abertura de uma mina é de seis a oito anos.

Com o aumento da produção do minério, Senra acredita que é importante que o Brasil tenha um excedente do minério, para que seja usado como reserva estratégica. Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, sinalizou com a implantação de mais térmicas, além da adoção de um novo modelo de negócio, com a presença do agente privado.