A greve de funcionários do grupo Eletrobras, que já dura três semanas, vai atrasar a volta à operação da usina nuclear de Angra (RJ – 640 MW). A parada para reabastecimento de combustível começou no dia 7 de maio e tinha previsão de retorno para o dia 14 de junho. Por conta da greve, a previsão é que a usina possa voltar a operar a partir do próximo dia 25 de junho. De acordo com o diretor de planejamento, gestão e meio ambiente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, o atraso não deve ser significativo. "A greve pegou justamente o período da manutenção e impactou no período final", explica o executivo, que participou nesta quarta-feira, 17 de junho, do Seminário Internacional de Energia Nuclear para Fins Pacíficos, realizado no Rio de Janeiro (RJ).

Mas a previsão pode não se concretizar, uma vez que a volta está condicionada ao aval dos empregados do grupo para a proposta feita pela direção do grupo. A greve envolve uma definição na Participação nos Lucros e Resultados. Assembleias nas subsidiárias vão decidir essa semana e uma negativa leva o retorno da térmica nuclear para o mês de julho.

Ainda segundo Guimarães, as obras da usina de Angra 3, que enfrentou uma greve de trabalhadores do seu canteiro no fim do mês de maio, correm normalmente e estão com 56% do projeto executados.