A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica estima que o PLD deverá ficar no teto regulatório de R$ 388,48/MWh para este ano até o mês de outubro em todos os submercados. A projeção dos 14 meses à frente, feita pela entidade aponta que o preço de liquidação das diferenças deverá iniciar uma trajetória de queda a partir de novembro deste ano e se manter abaixo dos R$ 200/MWh a partir do ano que vem, reflexo da queda do CMO.

Na apresentação mensal do InfoPLD, a CCEE indicou que para o ano que vem foram considerados valores estimados de PLD máximo de R$ 419,49/MWh, referentes ao CVU que serve de base para o atual PLD que é da UTE Mário Lago e o PLD mínimo de R$ 30,26/MWh.
Apesar dessa melhoria para o último trimestre do ano, a projeção do MRE para 2015 ainda continua com trajetória negativa quando comparado ao ano passado. Enquanto a média do MRE de 2014 foi de 90,7%, ou seja, a geração hidráulica ficou quase 10 pontos porcentuais abaixo da garantia física, este ano está projetado um índice de 82,7%. O maior déficit de geração deverá ocorrer justamente este mês com uma diferença de 11.666 MW médios. O fator de ajuste do MRE de abril ficou em 82,5%, no mês de maio está em 79,2% e para junho é esperado em 75,9%.
Outro indicador que apresentará alta significativa nas projeções da CCEE é com o ESS e custos devido ao descolamento entre o CMO e o PLD. Somente em termos de Encargos Sobre Serviços do Sistema a conta deverá somar R$ 6,255 bilhões, um volume cerca de 2,5 vezes maior que o do ano passado. Já o custo do descolamento entre o CMO e o PLD, que passou a valer esse ano deverá somar R$ 1,176 bilhão.
Somente em maio, o ESS está estimado em R$ 372 milhões, sendo R$ 330 milhões por segurança energética e os R$ 42 milhões restantes por restrição elétrica. Já o custo de descolamento entre CMO e PLD ficou em R$ 29,69 milhões.