O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que a usina nuclear de Angra 3 será a última experiência brasileira na construção desse tipo de empreendimento com característica de obras pública. Ele defendeu a mudança desse critério para permitir a participação da iniciativa privada no processo, se não pela operação – já que a lei não permite – por meio de construção, engenharia ou como epecista.

“O modelo de construção das térmicas nucleares precisa mudar. Como obra pública Angra 3 é a última experiência. Não defendo a operação das usinas nucleares pela iniciativa privada, mas nem poderia porque a lei não permite, apesar de ser possível se mudar a lei. Mesmo que se pensasse nisso, não defendo isso”, disse Braga, que participou da abertura do 12ª edição do Enase nesta quarta-feira, 27 de maio, no Rio de Janeiro.
A operação, contudo disse o ministro continuaria com a Eletronuclear ou uma empresa que poderia vir a sucedê-la. Além disso, afirmou que o Brasil deve conquistar a autossuficiência no fornecimento de urânio, uma vez que já existem as reservas do mineral no país, mas, ressaltou, com cuidado e responsabilidade. Para o ministro, a fonte não dever ser descartada no país para atrelar mais segurança de fornecimento de energia de custo de geração mais competitivo ante o mercado internacional.