O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, disse nesta terça-feira, 5 de maio, que a queda de carga projetada para este ano levou a redução da vazão média necessária no período seco para que os reservatórios fiquem no patamar mínimo de 10% ao final de novembro. A nova perspectiva do operador é de chegar a esse nível mínimo mesmo com  a média de longo termo em 66%, ante a necessidade anteriormente prevista de 70%, isso para o maior submercado do país o Sudeste/Centro-Oeste.

De acordo com o executivo, a redução de consumo projetado para 2015 é de 2.081 MW médios no ano. Essa previsão de vazão média leva em consideração o volume verificado nos reservatórios ao final de abril que estava em 33,5% do armazenamento máximo.
Contudo, o maior problema para o ONS parece ser mesmo com a região Nordeste. Por lá, estimou Chipp durante o Forum Cogen/CanalEnergia GD e Cogeração – Iniciando um Novo Ciclo de Desenvolvimento, realizado em São Paulo, que a MLT no período seco deverá ser significativamente mais elevada, em cerca de 77% para que se obtenha os 10% de armazenamento estimados como o mínimo de segurança para a operação das UHEs.
Para efeitos de comparação, segundo o PMO de maio, as afluências esperadas pelo operador no mês de maio no NE estão em 67%, ou seja, 10 pontos porcentuais abaixo da média esperada para o período. Contudo, lembrou Chipp esse índice de vazões estimado está baseado na defluência atual de 1.100 metros cúbicos por segundo.
“No Nordeste estamos trabalhando para reduzir a defluência na bacia do São Francisco. Conseguimos reduzir a 1 mil metros cúbicos por segundo na carga leve e estamos querendo esse mesmo volume em todos os períodos de carga para ter mais segurança no final do período seco”, afirmou Chipp, que lembrou ter sido recorrente a presença do ONS perante a justiça para explicar a questão do uso múltiplo da água.