A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirma que as geradoras hidrelétricas deverão seguir pressionadas ao longo de 2015. O principal argumento é de que o Operador Nacional do Sistema Elétrico deverá continuar priorizando, a geração térmica a curto prazo, apesar das chuvas classificadas pela agência como de volume adequado no Brasil. Isso porque a meta é de continuar preservando os reservatórios.

Com essa expectativa, explicou a Fitch, os fluxos de caixa operacionais das companhias deste segmento do setor elétrico nacional continuarão pressionados. Uma parte em função do GSF e outra pelo despacho térmico que se apresenta a custos mais elevados.
O prolongamento da seca levou a um impacto mais negativo nos emissores, do que o inicialmente previsto pela Fitch. Os custos relativos às compras no mercado de curto prazo representaram um custo de aproximadamente R$ 26 bilhões somente no ano passado. Em 2015, relatou a agência de classificação, a queda do PLD compensará a piora do GSF que ficou em 80,6%, 78,6% e 78% no primeiro trimestre do ano ante indicadores de 90,7% no ano passado. Este ano, a Fitch espera patamares de GSF entre 80% e 90% que podem alçar os valores do déficit de geração a algo entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões.
Esse volume financeiro tem impacto variado sobre o crédito das empresas a depender de sua força financeira e da diversificação do perfil de ativos. Estruturas de project finance específicas de ativos normalmente se beneficiam de mecanismos de liquidez e/ou de garantias que aliviam choques temporários, explicou a Fitch.
Além disso, a adoção de mecanismos para preservar a liquidez dos emissores podem ser aplicados, fato que seria positivo para o perfil de crédito. E lembrou ainda das propostas que tramitam no setor como a regra do GSF não ser apropriada em função de o ONS controlar o despacho e a ideia de se ter um empréstimo do BNDES para cobrir o rombo do setor e ser repassado posteriormente à conta dos consumidores.