Com uma alta de 8,98% nas contas, energia elétrica teve um impacto de 0,29 ponto percentual na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de maio. O IPCA subiu 0,31% e ficou bem acima dos 0,14% registrado em abril. No ano, o resultado é de 1,42%, percentual bem inferior aos 4,05% registrados em igual período de 2016 e o menor acumulado até maio desde o ano 2000. As contas foram responsáveis por 3,3% das despesas das famílias no período. Em abril, houve queda de 6,39%, devido a descontos aplicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica para compensar a cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva voltado a remunerar a usina de Angra III.

Devido ao aumento das contas, habitação foi o grupo com resultado mais alto, ficando em 2,14%, além da contribuição de 0,32 ponto percentual, dominando o índice do mês e praticamente anulando os sobes e desces dos demais grupos de produtos e serviços. Em Recife, o aumento de 24,05% na energia se deu, além do retorno das contas aos valores sem desconto, devido à pressão do reajuste de 8,87% em vigor desde 29 de abril. A capital pernambucana e Campo Grande (MS) ficaram com os maiores índices regionais, de 0,61%. Em Campo Grande, a energia teve variação de 16,40% e ainda houve o impacto do aumento de 30,26% na parcela do PIS/COFINS.