Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Para continuar tendo acesso a todos os nossos conteúdos, escolha um dos nossos planos e assine!
Redação
de R$ 47,60
R$
21
,90
Mensais
Notícias abertas CanalEnergia
Newsletter Volts
Notícias fechadas CanalEnergia
Podcast CanalEnergia
Reportagens especiais
Artigos de especialistas
+ Acesso a 5 conteúdos exclusivos do plano PROFISSIONAL por mês
Profissional
R$
82
,70
Mensais
Acesso ILIMITADO a todo conteúdo do CANALENERGIA
Jornalismo, serviço e monitoramento de informações para profissionais exigentes!

O novo presidente da Santo Antônio Energia, Roberto Junqueira Filho, terá pela frente o desafio de trazer para o campo positivo as finanças da quarta maior geradora de energia hidrelétrica do Brasil. A tarefa não será fácil. Com uma dívida líquida de R$ 15,1 bilhões, o executivo precisará encontrar meios para entregar resultados positivos aos acionistas, enquanto convive com a sombra de disputas judiciais e regulatórias. A hidrológica desfavorável também é outro importante desafio, pois tem contribuído para consumir o caixa da companhia. Em 2016, a empresa apresentou resultado negativo de R$ 484 milhões, e no primeiro trimestre deste ano reportou prejuízo de R$ 219 milhões.

Nesta segunda-feira, 12 de junho, Junqueira falou pela primeira vez com a Agência CanalEnergia, após participar de evento na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP). Engenheiro elétrico formado na Universidade Federal de Itajubá (MG) em 1983, Junqueira fez carreira em Furnas, tendo como última função a gerência de Planejamento e Engenharia de Manutenção da subsidiária da Eletrobras.

Há apenas dez dias no cargo de presidente estatutário da SAE e às vésperas de apresentar os resultados financeiros do segundo trimestre do ano, o executivo evitou muitas declarações. Disse que sua função será liderar a Santo Antônio nessa nova fase operacional, equacionando o endividamento da companhia e tornando-a “saudável daqui para frente”.

“A empresa se consolidou em termos de obras, remanescendo alguns desafios que é normal para qualquer grande empreendimento. Agora ela entra na fase de uma concessionária de energia operacional. A nossa missão é fazer essa transição do período de construção para o período de operação e dar continuidade”, disse Junqueira.

Segundo o executivo, houve grande desmobilização do quadro de funcionários ligados à parte de construção. “Temos uma área administrativa bastante enxuta, uma área operacional com o tamanho adequado e uma área de sustentabilidade”, completou, justificando que um empreendimento como Santo Antônio requer um cuidado continuo com o meio ambiente.

Em sua breve fala, lembrou que as empresas do setor elétrico passam por grandes dificuldades financeiras em função da crise hidrológica. “O que a gente tem que fazer é – junto às outras empresas e órgãos reguladores – tentar equacionar [o GSF] de uma maneira definitiva.”

Em 2014, a empresa arcou com um custo de R$ 1,04 bilhão com o GSF. Em 2015, foram mais R$ 716 milhões. Em 2016, a empresa desembolsou mais R$ 483 milhões para cobrir o déficit hídrico.

A Santo Antônio aderiu a repactuação do risco hidrológico ofertada pelo governo apenas nos contratos do ambiente regulado, optando por um produto com nível de proteção a valores de GSF menores que 93% para montante de energia. Assim como a SAE, outras geradoras tomaram a mesma decisão de não repactuar os contratos do mercado livre.

A disputa judicial entorno do GSF impede atualmente a liquidação de R$ 1,7 bilhão no mercado de curto prazo.

Para Junqueira, uma solução para o GSF traria um alivio para o setor, principalmente para empresas que têm compromissos em função de financiamento de construção. “Essa situação conjuntural impacta muito o caixa das empresas. Resolvendo isso, alivia de maneira geral o setor”, disse, elogiando o empenho da equipe do ministério de Minas e Energia.