Números preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 30 de junho apontam crescimento de 0,5% no consumo e 0,8% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

O consumo de energia, ao longo de junho, somou 58.237 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, 0,5% superior aos 57.936 MW médios contabilizados no ano passado. Houve queda de 4,9% no consumo do Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, montante influenciado pela migração de consumidores para o mercado livre. Caso esse efeito fosse desconsiderado, o consumo no período teria aumentado 1,3%.

Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, o consumo já contabilizado com as novas cargas vindas do mercado cativo cresceu 15,9%, número que apresentaria retração de 1,5% sem o movimento de migração.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, os maiores índices de aumento no consumo de energia no período pertencem aos segmentos de comércio, com 98,5%, telecomunicações 87,3% e saneamento, com 73,2%,

Ao analisar a geração no mesmo período, o boletim aponta o aumento de 0,8% impulsionado pelo crescimento de 24,5% na produção das usinas eólicas. Por outro lado, as térmicas apresentaram queda de 1% devido, principalmente, à diminuição na produção das usinas termelétricas a carvão mineral (-34,3%). As hidráulicas tiveram retração de 0,8% na geração.

O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em junho, o equivalente a 69,32% de suas garantias físicas, ou 40.170 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 74,27%.