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A Copel está avaliando a venda de ativos não estratégicos, além de outras alternativas para desalavancar a empresa, disse nesta sexta-feira, 11 de agosto, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Adriano Rudek de Moura, em teleconferência com investidores.

Na noite da última quinta-feira, 10, a companhia informou ao mercado que desistiu de captar recursos por meio de nova oferta de ações (follow-on), por entender que há alternativas melhores de geração de caixa para suportar o plano estratégico de crescimento da empresa. A dívida líquida da Copel ultrapassa os R$ 7,5 bilhões.

O executivo evitou dar mais detalhes sobre quais ativos devem ser colocados à venda. “É importante destacar que isso é um estudo abrangente de várias opções que estamos avaliando no momento com o objetivo de equacionar a nossa dívida, que é uma das principais prioridades da Copel atualmente”, disse.

“Estamos considerando outras alternativas em função de gerações de curto prazo. Imago que teremos uma possibilidade muito grande de considerar que esses projetos novos que estão entrando em operação vão gerar um caixa positivo… Estamos considerando a manutenção de caixa dos negócios atuais… O nosso programa de redução de custos segue a todo vapor… E estamos avaliando algumas alocações do nosso plano de investimento de curto prazo e por último estamos avaliando a venda de ativos não estratégicos”, completou.

Segundo Moura, a Copel pretender ser mais rigorosa em relação a novos investimentos. A empresa está focada na conclusão dos projetos em construção, como, por exemplo, os complexos eólicos de São Miguel do Gostoso e Cutia, no Rio Grande do Norte.

“Não queremos e não podemos crescer a qualquer custo. Todos os novos investimentos serão avaliados seguindo uma rigorosa disciplina financeira. Quanto aos atuais investimentos, principalmente os ainda em andamento, estamos fazendo todos esforços para que eles sejam finalizados dentro das expectativas iniciais, atendendo assim as demandas dos prazos contratuais de modo a preservar o fluxo de recursos previstos em tais investimentos. Vamos continuar avaliando todas as oportunidades que possam trazer valor para a Copel. Já identificamos algumas iniciativas.”

Moura adiantou que haverá uma redução do volume de investimentos em 2018 na comparação com este ano, mas isso não impede que a Copel avalie novas oportunidades. “Se tiver algum ativo bom disponível e que realmente seja rentável e que a gente consiga entender que seria um bom investimento, vamos pensar no assunto. Nesse momento podemos dizer que haverá [em 2018] uma redução de capex em relação a esse ano.”

ARAUCÁRIA

A Copel trabalha com a expectativa de retomar a operação da termelétrica de Araucária ainda no final de agosto. Segundo Sérgio Luiz Lamy, diretor presidente da Copel G&T, a empresa negocia um contrato de gás natural que vai permitir a usina operar com um CVU abaixo de R$ 400/MWh. Como a expectativa de PLD alto nos próximos dois meses, a empresa espera adicionar receita de geração com o despacho da térmica.

“Estamos negociando um contrato de gás que vai permitir chegar a um CVU mais baixo do que os valores históricos. A nossa expectativa de CVU vai ser abaixo de R$ 400/MWh. Nos próximos 15 dias estaremos em condição de despachar Araucária. Como a expectativa de PLD continua alto, pelo menos para os próximos dois ou três meses, acho que vamos ter um despacho bastante razoável da usina”, disse o executivo.

A UTE está com a operação comercial suspensa desde o dia 3 de agosto. Com cerca de 484 MW de capacidade instalada, a térmica fica no município de Araucária e pertence à estatal paranaense Copel, com 80%, e à Petrobras, com 20%.

GSF

A Copel G&T ficará exposta ao risco hidrológico no segundo semestre. A companhia projeta GSF de 62% em agosto, 65% em setembro, 68% em outubro, 72% em novembro e 80% em dezembro. E empresa, porém, tem energia descontratada e também comprou energia para fazer frente a esse rebaixamento do MRE.

Contudo, como a receita de geração foi de R$ 300 milhões no primeiro semestre em função da energia secundária, a empresa esperada terminar o ano com um saldo positivo superior a R$ 100 milhões no mercado de curto prazo.