A CCEE, através de seu boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, divulgou na última quinta-feira, 19 de outubro, dados preliminares de medição coletados entre os primeiros dezesseis dias de outubro, os quais indicam aumento de 4,6% no consumo e de 4,4% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016.

O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN, nas duas primeiras semanas do mês alcançou 60.684 MW médios, aumento de 4,6% quando comparado ao consumo no mesmo período de 2016. O consumo no Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo) subiu 2,8%, quando analisado já com o reflexo da migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento de mercado fosse desconsiderado, o aumento seria de 6,8% no ACR.

No Ambiente de Contratação Livre – ACL houve elevação de 9,4% no consumo, número impactado pelas novas cargas vindas do mercado cativo (ACR). Sem a presença de novos consumidores na análise, o ACL apresentaria queda de 1,1% no consumo.

Dentre os segmentos da indústria avaliados pela câmara, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os ramos de veículos, saneamento e de serviços registraram incremento no consumo, com 9,5%,5,3% e 3,5% respectivamente, mesmo quando a migração é desconsiderada.

Por outro lado, os maiores índices de retração no mesmo cenário de migração pertencem aos segmentos de bebidas, químico e de minerais não metálicos, com 6,8%, 5,9% e 5,6% respectivamente

A geração de energia no sistema também cresceu em outubro, quando a produção alcançou 62.491 MW médios no período, montante de energia 4,4% superior ao registrado em 2016. Os números são impulsionados pelo crescimento na produção das usinas térmicas, com 24,1% e eólicas 37,9%. Já a geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, foi 6,7% inferior no período analisado.

O Boletim também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em outubro, o equivalente a 62,4% de suas garantias físicas, ou 37.723 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 68,5%.