O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,34% em outubro e ficou 0,23 ponto percentual acima da taxa de setembro de 0,11%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 20 de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de outubro foi influenciado, principalmente, pelos combustíveis. Houve alta de 5,36% nos combustíveis domésticos, pertencentes ao grupo Habitação (0,66%), e de 1,29% nos combustíveis de veículos, incluído no grupo Transportes (0,60%). Já a energia elétrica apresentou queda de 0,15% e as variações oscilaram entre -1,82% da região metropolitana de Porto Alegre e 3,77% em Salvador.
De acordo com o IBGE, o gás de botijão, integrante do grupo Habitação, subiu 5,72% e teve o maior impacto individual no índice (0,07 p.p.). Entre setembro e outubro, a Petrobrás anunciou três reajustes nas distribuidoras para o botijão de gás de 13 kg: 12,2% a partir de 06 de setembro; 6,90% a partir de 26 de setembro e 12,9% a partir de 11 de outubro. Com isso, o item variou dos 2,10% registrados na região metropolitana do Rio de Janeiro até os 7,89% da região metropolitana de Belém. Ainda no grupo Habitação, a alta na taxa de água e esgoto (0,11%) reflete o reajuste de 4,33% na região metropolitana de Fortaleza, a partir de 23 de setembro, em complementação aos 12,90% em vigor desde junho de 2017.
No acumulado no ano o índice está em 2,25%, inferior aos 6,11% do mesmo período de 2016. Segundo o instituto, é o menor acumulado para um mês de outubro desde 2006 (2,22%). Nos últimos doze meses, o índice ficou em 2,71%, acima dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o IPCA-15 havia sido de 0,19%.
A inflação acumulada nas três regiões que apresentam o maior peso na pesquisa está entre o piso e o centro da meta que são de 3% e 4,5% ao ano, respectivamente. Em São Paulo, cujo peso é de 31,68% o indicador é de 3,12% e em 2017 está em 2,51%. No Rio de Janeiro, onde o peso é de 12,46% os índices inflacionários estão em 2,5% e 2,25%, enquanto em Belo Horizonte, (11,23% de peso regional) esses indicadores são de 2,06% e de 1,73%.