O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), índice utilizado no mercado à vista de energia, registrou queda em todos os submercados para o período entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O preço no Sudeste/Centro-Oeste passou de R$ 192,89/MWh para R$ 175,04/MWh, retração de 9%. No Sul, a queda alcançou 21% com o preço fixado em R$ 152,06/MWh. Já a retração do PLD no Nordeste foi de 7% com o preço passando de R$ 190,37/MWh para R$ 176,34/MWh, enquanto o preço no Norte registrou a maior queda (+46%) com o PLD ficando abaixo dos cem reais, fixado em R$ 78,68/MWh.

Segundo a CCEE, o desacoplamento entre os preços do Norte com os demais submercados se deve ao limite de envio de energia por este submercado ter sido atingido em todos os patamares de carga, assim como os limites de recebimento de energia pelo Nordeste e os limites de envio do Sul para o Sudeste. Parte do desacoplamento também se deve à consideração das perdas, uma vez que desde janeiro deste ano, o intercâmbio de energia entre os submercados passa a ser valorado.

As afluências esperadas para o Sistema Interligado Nacional (SIN), em janeiro, devem fechar em 91% da Média de Longo Termo (MLT) com ENAs esperadas em 97% da média no Sudeste, 189% no Sul, 36% no Nordeste e em 62% da MLT no Norte. Para fevereiro, a previsão de afluências para o SIN é de 82% da MLT.

A carga prevista para a próxima semana está 40 MW médios maior quando comparada à expectativa na semana anterior, com redução de aproximadamente 159 MW médios no Sudeste/Centro-Oeste. Nas regiões Sul (+120 MW médios), Nordeste (+25 MW médios) e Norte (+54 MW médios), a carga esperada deve registrar elevação.

Já os níveis dos reservatórios do SIN estão cerca de 1.600 MW médios mais baixos que os estimados na última semana, com reduções de 196 MW médios no Norte e, principalmente, no Sudeste (-2.445 MW médios). Nos submercados Sul (+885 MW médios) e Nordeste (+156 MW médios), os níveis estão mais altos.

O fator de ajuste do MRE previsto para janeiro é de 107,7% e o índice para fevereiro é esperado em 120,2%. Os Encargos de Serviços do Sistema (ESS) esperados para janeiro são de R$ 143 milhões, sendo R$ 80 milhões referentes à restrição operativa. Já para fevereiro, o ESS previsto é de R$ 20 milhões, sendo R$ 19 mi referentes à segurança energética.