O executivo Ronaldo Koloszuk, diretor da Solar Group, é o novo presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) até 2020. Há 25 anos na indústria, com passagens em cargos de diretoria na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Koloszuk se orgulha de ter um perfil associativo e promete fazer uma gestão descentralizada e democrática.

Koloszuk substitui o diretor presidente da Blue Sol, Nelson Colaferro Jr, que nos primeiros quatro anos de existência da associação liderou a Absolar. À Agência CanalEnergia, Koloszuk parabenizou o trabalho feito pela gestão de seu antecessor. “Uma coisa é assumir uma associação como assumo hoje: com necessidades de melhorias, mas estruturada, financeiramente saudável e estável. Sabemos que não foi fácil chegar até aqui.”

A Absolar começou o ano com 230 associados e esperada superar a marca dos 300 membros até dezembro de 2018. O grupo de associado é composto por empresas de diferentes portes e segmentos, desde grandes bancos e investidores em gerção de energia, até pequenos integradores e fornecedores de equipamentos.

O executivo acredita que passados esses primeiros anos de associação, onde a centralização era necessária, o momento agora é de descentralizar as atividades, abrindo espaço para que novos voluntários e empresas possam participar ativamente da Absolar.

“Entendemos que nesses quatro anos, graças ao trabalho do Nelson e do Rodrigo Sauaia [presidente executivo], a associação ganhou consistência e agora podemos, no âmbito do Conselho, fazer um trabalho mais descentralizado. Temos bons quadros para isso”, afirmou Kolozsuk.

O Conselho é responsável pelo planejamento estratégico das ações da associação. Define as diretrizes de atuação frente a interlocutores, como governo, mídia, ONGs e instituições setoriais.

Koloszuk contou que sua primeira decisão foi criar três novos cargos de vice presidentes. Ricardo Barros será o VP de Geração Centralizada; Bárbara Rubim, de Geração Distribuída; e Nelson Falcão, de Cadeia Produtiva. “São três eixos que entendemos ser prioritários na Absolar. Esses VPs falarão, quando se tratar de questões de suas temáticas, com a mesma autoridade do presidente da associação.”

Segundo Koloszuk, o Conselho de Administração trabalhará para que a associação, com todo seu conhecimento técnico, expertise setorial e inteligência de mercado, atue como a autoridade fotovoltaica de referência nacional, tanto no diálogo com o governo, contribuindo para o desenvolvimento de novas políticas públicas e programas de desenvolvimento da energia solar fotovoltaica, quanto como a casa das empresas atuantes no setor, oferecendo novos benefícios e serviços aos associados.

“A Absolar cada vez mais vai sair do nosso nicho e mostrar para a sociedade o que é a energia fotovoltaica, isso a gente chama de autoridade fotovoltaica.”

Hoje, Brasil já tem mais 1,1 GW de energia solar centralizada em operação e deve ultrapassar a marca de 2 GW até o final do ano. No campo da geração distribuída, são mais de 27 mil unidades consumidoras em operação, que juntas totalizam mais de 320 MW de capacidade. Nos últimos três anos, a GD cresceu no Brasil a taxas acima de 300%.

“Estamos crescendo de forma robusta, mas a gente entende que a nossa fonte está atrasada em relação ao resto do mundo”, disse Koloszuk. “Poderíamos ter crescido em uma velocidade maior se não tivesse acontecido essa crise e se tivéssemos também um amparo maior de politicas públicas com um olhar mais voltado para a energia solar fotovoltaica.”