A AES Tietê encerrou os três primeiros meses de 2018 com lucro líquido de R$ 54,8 milhões, uma queda de 56,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 258,9 milhões, estabilidade ante um ano antes. Contudo, a margem Ebitda recuou de 31,3% para 12,7% no primeiro trimestre.
O volume de energia gerada pela empresa recuou 21%, para 2.678,8 GWh. O preço médio de contratação da empresa aumentou 20,5%. A receita líquida subiu 6,7%, para R$ 430,1 milhões. Os custos e despesas operacionais aumentaram 18,8%, para R$ 171,2 milhões.
Na frente comercial, explicou a empresa, a companhia segue com a gestão do portfólio hídrico por meio do monitoramento constante das exposições mensais em busca de oportunidades comerciais para otimizar a margem comercial ao longo do ano frente ao risco hidrológico. Um dos focos dessa estratégia é o plano de sazonalização da fonte hídrica, que deslocou garantia física dos primeiros meses do ano para os meses de estação seca, em função da esperada elevação dos preços no mercado spot. E ainda, este ano cerca de 52% da energia dos contratos do LEN do Complexo Eólico Alto Sertão II foi descontratada no MCSD, pelo período de janeiro a dezembro de 2018, e já comercializada no mercado livre a um preço cerca de 60% mais elevado.
O nível de contratação de médio prazo do portfólio da geradora aumentou, com destaque para o crescimento de 5 p.p. para o ano de 2021, saindo de 31% para 36% com elevação do preço médio do portfólio. O nível de contratação atual é de 80%, 77%, 71%, 36% e 29% para os anos de 2018 a 2022.
Das obras em andamento, Guaimbê estava com a conclusão projetada para final de abril e entrada em operação esperada para julho. Já o complexo Boa Hora teve início de construção no mês passado e entrada em operação estimada é de novembro. Já o mais recente projeto solar, o AGV Solar tem início de construção prevista para julho e operação antecipada esperada para meados do ano que vem.
A dívida Líquida da empresa aumentou 194,4%, passou de R$ 742,9 milhões para R$ 2,12 bilhões. Como reflexo disso, houve aumento do endividamento da empresa que passou de 0,8 vezes a relação entre a dívida líquida sobre o resultado ebitda ajustados para 2,4 vezes. O investimento aumentou 41,9%, com R$ 31,2 milhões.