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As Indústrias Nucleares do Brasil querem chegar em 2026 sem depender financeiramente do Tesouro Nacional. Hoje, a sua dependência está em torno de 35%. Gastos com folha de pagamento e obrigações sociais são alguns dos que pesam na conta da empresa, cujo faturamento gira em torno de R$ 650 milhões por ano. “Tem que aumentar a receita e diminuir as despesas”, conta Reinaldo Gonzaga, presidente da INB, que participou da abertura do Seminário Internacional de Energia Nuclear, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 25 de julho. De acordo com ele, essa vontade veio após a elaboração de um plano pela Fundação Getúlio Vargas para a atuação da empresa em dez anos.

Segundo o presidente da INB, a resolução dessa equação virá através de várias ações como o fim das despesas com a importação de urânio, o aumento de produção nacional do insumo e a nacionalização de alguns equipamentos. Segundo ele, a mina de Caetité, parada desde 2014, deve voltar a operar até o fim do ano. “Com isso, baixam as despesas, visto que o custo fixo operacional já tem lá”, avisa. Ele lembra ainda que o crescimento da produção possibilita a exportação do urânio, o que auxilia no aumento de receita pretendido. A sétima cascata da mina em Caetité deve ser inaugurada em agosto, dando continuidade ao plano de autossuficiência no urânio enriquecido e reduzindo a dependência de compra do minério no exterior.

A empresa também prepara um plano de demissão voluntária que deverá reduzir a folha de pagamento em R$ 100 milhões. Ainda segundo Gonzaga, a nacionalização de componentes metálicos para montagem do elemento combustível será mais um ponto de alívio à medida que os equipamentos são comprados em euro de fabricantes como Westinghouse e Framatone. “Se a gente nacionalizar esses componentes, fazer aqui, os custos vão reduzir bastante”, aponta.

O executivo ressaltou que a empresa é uma perene oportunidade de negócio, uma vez que mesmo que ela não produza urânio enriquecido no país, ela terá que comprar o minério, beneficiar, agregar valor e vender. “Não necessariamente preciso esperar ter urânio para poder gerar receita. Hoje temos feito isso com a Argentina, compra lá fora, agrega valor e vende. Sobre o projeto de Santa Quitéria – que consiste na exploração de uma mina de urânio no Ceará em parceria com a iniciativa privada – Gonzaga disse que ele quase foi arquivado pelo Ibama, mas que conseguiu junto ao órgão de licenciamento ambiental que ele prosseguisse. Hoje as pendências estão eliminadas e ele aguarda as licenças prévias e de local.