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O blecaute em março deste ano, o déficit hidrológico e a auditoria das bandeiras tarifárias foram os destaques do setor elétrico de julho de 2017 até junho deste ano no Programa Energia Transparente, elaborado pelo Instituto Acende Brasil. O PET, que está na sua 12ª edição, é uma retrospectiva minuciosa e detalhada pelo instituto que engloba os principais assuntos do setor no período, somadas a uma análise prospectiva e as questões principais. De acordo com Claudio Sales, presidente do Acende Brasil, a intenção é ter um registro do que aconteceu no setor. “Todo ano a gente tira um retrato e faz um exame da perspectiva de abastecimento futuro.
Segundo Richard Hochstetler, Diretor de Assuntos Econômicos e Regulatórios do Acende Brasil, o Energia Transparente também traz, além dos destaques do que aconteceu, análise de perspectivas do setor. Nessa parte ele coloca como destaques a iniciativa de fazer os contratos de eólicas do leilão A-6 por quantidade e não mais por disponibilidade, além dos esforços para a implementação no ano que vem do preço horário. “São duas medidas que são muito boas que precisam ser implementadas que são a evolução do setor ao longo do tempo”, avisa.
Ainda de acordo com Hochstetler, com a entrada cada vez maior de fontes renováveis e hidrelétricas a fio d’água cada vez mais intensa, lidar com a modulação foi ficando mais importante. “Essa questão sazonal ficou muito mais relevante”, observa. Com isso, cresceu a necessidade de diferenciação de preços entre ponta e fora de ponta, com o sistema tendo que se adequar, estimulando a modulação do consumo, de modo que o consumidor use energia quando é mais fácil e que a oferta favoreça as fontes que possam gerar energia quando o sistema precisa.
O PET também mostra que na expansão, as usinas hídricas e térmicas que tem expectativa de entrada em operação nos próximos anos tem viabilidade alta ou média. Isso afasta potenciais atrasos na sua implantação. Estão nesse caso empreendimentos como as UHEs Baixo Iguaçu, Sinop e Colíder, além de térmicas como a Pampa Sul, Porto de Sergipe I e Onça Pintada.
Um dos temas que apareceu como destaque nessa última edição e que merece atenção é o do GSF. Na média, ele ficou em 82% em 2017, a pior média desde 2006. Um dos fatores que fez o GSF chegar a esse patamar foi a restrição na transmissão enfrentada pelas usinas do Madeira. O presidente do Acende Brasil, Claudio Sales, espera que o Senado vote logo o projeto de lei que dá uma solução ao tema e que já foi aprovado na Câmara dos Deputados. “O texto que está para ser aprovado é a melhor equação possível, ele veio da MP 814”, aponta.