A Eneva vai continuar investindo cerca de R$ 100 milhões na sua campanha de exploração de gás em 2019. Em entrevista coletiva a jornalistas nesta quarta-feira, 26 de setembro, o presidente da empresa, Pedro Zinner, disse que a declaração de comercialidade do campo de Gavião, também anunciada hoje, está dentro da estratégia da empresa para suprir o seu parque térmico. “Com essa declaração de comercialidade, a gente já consegue repor o consumo vinculado as térmicas do complexo de Parnaíba esse ano”, explica. A empresa vem investindo desde 2015 de R$ 80 a R$ 100 milhões na campanha.

Zinner prevê um despacho térmico médio entre 50% e 60% no ano que vem. Ainda de acordo com ele, a empresa ainda tem quatro poços a serem perfurados esse ano e uma agenda de perfuração ativa para o ano que vem. Segundo o executivo, a campanha de exploração também tem um outro objetivo, que é o de habilitar as oportunidades de crescimento da Eneva. As térmicas da empresa consomem de 1,6 a 1,7 bilhão de metros cúbicos por ano.

Por estar com uma situação financeira atual mais confortável que em outros anos – a empresa já passou por uma recuperação judicial – a Eneva já é capaz de analisar uma expansão. No leilão A-6 desse ano, ela conseguiu viabilizar o fechamento do ciclo de Parnaíba 5 (MA-  386 MW) e ainda tinha habilitada a UTE Azulão, no Amazonas, cujo projeto ela comprou este ano. De acordo com Zinner, embora essa UTE não tenha sido viabilizada no certame, a aposta no projeto continua. “Em outros leilões, ele é competitivo, acreditamos que vai ser monetizado em um futuro próximo”, avisa.

Mesmo lembrando que o país passa por um cenário de baixa demanda, em 2019, o interesse da Eneva nos leilões de energia continua. “Em havendo leilão, a gente tem todo o interesse em participar, seja com Azulão ou com o fechamento de ciclo de Parnaíba III”, conclui.