A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ da CPFL Energia e de suas subsidiárias: CPFL Paulista, Piratininga, RGE, RGE Sul, CPFL Geração e CPFL Renováveis, além das respectivas emissões de debêntures. A Perspectiva dos ratings é Estável. Na sequência, a agência retirou o rating corporativo da RGE, subsidiária que foi incorporada pela RGE Sul e deixou de existir.

A avaliação reflete a qualidade de crédito consolidada do grupo CPFL, que, por sua vez, baseia-se em seus fortes vínculos legais, estratégicos e operacionais com seus controladores indiretos, a State Grid Corporation of China e a State Grid International Development Limited, segundo a Metodologia de Vínculo Entre Ratings de Controladoras e Subsidiárias da agência.

A Perspectiva Estável aponta para a avaliação dos acionistas controladores, e a expectativa de manutenção dos fortes laços existentes entre o grupo e os controladores indiretos nos próximos anos leva a Fitch a acreditar que os ratings atuais da companhia e de suas subsidiárias suportariam rebaixamentos dos IDRs dos controladores em mais de um grau sem serem pressionados.

Para a agência, os fortes vínculos da empresa com o grupo State Grid compensam o maior risco de negócios da companhia — decorrentes de sua relevante participação no segmento de distribuição —, frente aos riscos de outras empresas do setor elétrico brasileiro com atividades em geração e transmissão de energia como a Taesa, Cteep, Engie Brasil e Aliança Energia, todas classificadas com o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’.

Em bases individuais, os ratings da companhia e de suas controladas estariam em patamar semelhante ao atual. O robusto perfil de crédito do grupo beneficia-se de sua sólida posição de mercado como um dos maiores grupos privados do setor elétrico brasileiro. No segmento de distribuição, os resultados das concessionárias demonstram a elevada eficiência das mesmas. Na geração, os contratos de venda de energia da garantia física para 2019 e 2020 e o adequado gerenciamento do risco hidrológico nas hidrelétricas resultam em baixa exposição financeira para o grupo.

A análise individual também incorpora a expectativa de que o grupo CPFL conseguirá gerar fluxo de caixa livre (FCF) positivo a partir de 2019, com alavancagem financeira líquida ajustada em patamares conservadores e limitados a 3,0 vezes. Ao mesmo tempo, considera o fato de que o moderado risco regulatório do setor elétrico brasileiro e o risco hidrológico atualmente acima da média histórica — devido ao baixo volume nos reservatórios das hidrelétricas — são gerenciáveis e neutros para os ratings.