A Light reportou um lucro líquido de R$ 164 milhões no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 77,1% ante o mesmo período do ano passado. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 575 milhões, aumento de 21,7% nessa mesma base de comparação.
O aumento do resultado líquido, explicou a empresa, deve-se ao melhor desempenho da geradora e da comercializadora. O mehor resultado operacional é decorrente de um melhor GSF no primeiro trimestre, que elevou o ebitda da geradora em R$ 58 milhões e ainda pela indenização de contratos da comercializadora, que permitiu um aumento de R$ 32 milhões no desempenho, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida da companhia aumentou 11,8% no período, para R$ 3,2 bilhões.
Por área de negócio o segmento de geração apresentou o maior lucro, em R$ 151 milhões no trimestre. A comercialização respondeu por ganhos de R$ 37 milhões e a distribuição reportou prejuízo de R$ 25 milhões ante os ganhos de R$ 18 milhões no ano passado. Com isso a margem líquida da companhia aumentou 1,9 ponto porcentual, para 5,2%.
O mercado total faturado registrou um aumento de 2,5% em relação ao mesmo trimestre de 2018. Essa elevação deve-se às temperaturas mais elevadas nos meses de janeiro e fevereiro de 2019. O crescimento na comparação trimestral nas classes residencial e comercial foi de 3,5% e 5%, respectivamente, informou a companhia.
O índice de perdas totais sobre a carga fio na base de 12 meses em março de 2019 foi de 24,49%, representando um aumento em relação ao período encerrado no final de 2018, de 23,95%. Essa elevação é justificada pela empresa pelas temperaturas elevadas de janeiro e fevereiro e pelo menor volume de faturamento de REN. Com isso, a diferença para o nível regulatório de 2019 incluído na tarifa (19,62%) ficou em 4,87 p.p.
Na comparação com o fechamento do primeiro trimestre de 2018 a diferença é maior, no fechamento desse período do ano passado as perdas estavam em 22,72%. Já as perdas não técnicas na baixa tensão somaram 47,2% ante um patamar regulatório de 36,06%.  Esse indicador vem apresentando uma curva ascentende há dois anos. No fechamento de março de 2017 era de 37,53%, em 2018 de 41,47%.
Os indicadores de qualidade apresentaram diferentes performances. O DEC foi de 8,09 horas nos 12 meses encerrados em março, um aumento de 4% em relação à mesma base de comparação do encerramento de 2018. A concessionária apontou as fortes chuvas que ocorreram na cidade para esse aumento. Contudo, ainda está 1,7% abaixo do máximo permitido pela Aneel para o final de 2019, que é de 8,23 horas. O FEC em 12 meses registrou 4,36 vezes no trimestre, em linha com o anterior e 23,8% melhor em relação ao nível estabelecido para 2019, que é de 5,72 vezes.
A dívida líquida da empresa somou R$ 8,2 bilhões, aumento de 10,2% na comparação com o encerramento de março de 2018. A alavancagem da empresa medida pela relação entre a dívida líquida sobre o ebitda encerrou o trimestre passado em 3,70 vezes, abaixo do limite máximo de 3,75x estabelecido na maioria dos contratos de dívida, mas está 15,2% acima dos 3,21x reportados no fechamento dos três primeiros meses de 2018.