A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA-(bra)’ à proposta de oitava emissão de debêntures da Copel, em série única no montante de R$ 500 milhões e com vencimento final em 2022. Os recursos serão destinados para reforçar a estrutura de caixa e realizar uma oferta de resgate antecipado da sexta emissão de debêntures da empresa.

A avaliação da agência se apoia na robusta geração de fluxo de caixa das operações (CFFO) e na satisfatória flexibilidade financeira do grupo, com expectativa de significativa redução de investimentos e incremento da geração de caixa proveniente da entrada em operação de importantes projetos de geração e transmissão de energia a partir de 2019. Pelas projeções da Fitch, que segue critérios próprios, a relação dívida líquida ajustada/EBITDA ajustado migrará gradualmente para patamares mais conservadores e adequados à atual classificação das empresas. O grupo segue com o desafio de fortalecer sua liquidez e o perfil de sua dívida, principalmente na holding.

A análise reflete, ainda, a atuação do grupo como empresa integrada de energia, com importantes ativos de geração, transmissão e distribuição. O perfil de crédito da Copel é concebido em bases consolidadas, contemplando a existência de cláusulas de cross default em algumas dívidas das empresas do grupo, e considera, principalmente, o risco de crédito de suas duas principais subsidiárias: Copel Distribuição e Copel GeT. A diversidade de segmentos e de ativos beneficia a companhia, visto mitigar riscos operacionais e a maior volatilidade existente no fluxo de caixa do segmento de distribuição. Para a agência, o segmento de transmissão, que é o de menor risco no setor elétrico, pois possui elevada previsibilidade de fluxo de caixa, enquanto o de geração hidrelétrica se caracteriza por apresentar baixo risco de negócios em cenários hidrológicos satisfatórios.

Os ratings da companhia paranaense também consideram o risco político, decorrente de seu controle acionário público. A análise também contempla o risco regulatório moderado do setor de energia brasileiro e uma exposição ao risco hidrológico, inerente ao setor, acima da média histórica, o que atualmente prejudica o fluxo de caixa consolidado e o perfil financeiro do grupo.