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Em três semanas de atuação o segundo fundo da divisão de asset da Delta Energia vê perspectivas positivas e performance acima do esperado pelo cotista único da comercializadora Zeta. Já foram fechadas operações em três horizontes, um para 2024, outro para 2021 e no curto prazo. Até o momento a nova empresa tem R$ 400 milhões em tesouraria para ser utilizado, metade do valor total do fundo que poderá ser acessado quando necessário.
Zebedeu Fernandes, diretor da Zeta, relatou que a empresa tem encontrado abertura com geradores, autoprodutores e grandes consumidores. Esse era justamente o público alvo que a comercializadora imaginava alcançar em seu início de operação, contou ele em entrevista à Agência CanalEnergia durante o Energy Solutions Show, evento realizado na semana passada pela Informa Markets – Grupo CanalEnergia.
Ele não revela o valor já aplicado pela empresa nas operações nem o volume de energia negociado. Mas afirmou que a estratégia foi a de trazer para a Tesouraria da comercializadora apenas a primeira metade nesse momento, o que já traz um alto grau de liquidez para suas operações.
“Nossas operações não olham fonte e sim preço e duração dos contratos. Temos operações até 2024 e alguma coisa próximo a 10% do portfólio alocado no ano de 2019”, comentou. “Conseguimos capturar esse movimento de baixa nos preços da energia e está rendendo bons resultados”, comemorou ele em relação ao valor do PLD no final de maio e início deste mês quando o patamar de preços está, normalmente, mais elevado do que vem apresentando atualmente.
Para fins de comparação, o valor do PLD na última semana operativa de maio estava em R$ 137,39/MWh na carga pesada no submercado Sudeste/Centro-Oeste e Sul e em R$ 42,35/MWh no Nordeste e Norte, este último o piso estabelecido pela Aneel. Nesta semana o valor está no piso para todo o país. Nessa mesma época de 2018 os valores estavam na casa dos R$ 410 a R$ 450 por MWh nos dois maiores submercados do país e entre R$ 380 e R$ 320/MWh nas outras duas regiões.
Essa reversão das expectativas no comportamento dos preços da energia é um dos pontos que ajudaram a Zeta a até superar as expectativas de retorno do cotista. Para o presidente da Asset da Delta Energia, Luiz Fernando Leone Vianna, essa incerteza não afeta diretamente os negócios porque a nova comercializadora é provida de maior agilidade na tomada de decisões, o que ajuda a capturar essas oscilações. Essa característica, disse ele, é importante para as operações, onde no longo prazo, como no primeiro fundo, não está suscetível a essas variações.
Aliás, os possíveis movimentos mais frequentes de preços que o preço horário trará caso realmente entre em vigor no ano que vem podem abrir um novo nicho para atuação de comercializadoras, avaliou Fernandes. O executivo não acredita que deverá ser verificado um aumento médio da volatilidade de preços no mercado. Mas, admitiu que será criado um ambiente de negócios com oportunidades para explorar as variações intraday de preços. “Poderemos ter produtos diferentes para o intraday e as comercializadoras podem ajudar a mitigar o risco dessas mudanças horárias, o setor pode ser um agente provedor de liquidez nesse mercado”, ponderou o executivo.
Vianna ressaltou que essa liquidez pode vir de negócios envolvendo a compra ou venda de energia para consumidores cuja modulação horária para outro agente que necessita desse recurso em determinado horário do dia. A meta é a de complementar a necessidade energética atendendo a essa modulação intra horária.
Contudo, lembrou o executivo chefe da Asset, ainda há diversos pontos pendentes que precisam ser equacionados antes de que o preço horário seja realmente adotado. Ele citou a necessidade de se ajustar o modelo quanto a possibilidade de PLD negativo e determinados períodos do dia, que levaria o gerador a ter que pagar para produzir sua energia. E ainda, questões como a própria influência do modelo de previsão de chuvas na formação do preço ante o nível dos reservatórios. “Acho difícil entrar em 2020”, estimou. “PLD negativo em um esquema de despacho centralizado é um problema”, acrescentou.
Novos fundos
Enquanto isso, a Delta vem estudando as opções que estão disponíveis e as perspectivas para a criação de novos fundos a exemplo dos dois primeiros. Na avaliação de Vianna, o mercado tem se mostrado favorável. “Queremos nos oferecer como uma forma de financiabilidade do setor elétrico, podemos ajudar nesse aspecto”, definiu.
Segundo Vianna, os próximos passos começaram a ser delineados. Há conversas com contrapartes para ouvir e entender as necessidades que existem no mercado para que a empresa possa estruturar os próximos fundos no caminho de alcançar a meta de R$ 5 bilhões administrados. Inclusive, dependendo da evolução da economia e das necessidades de financiabilidade alvo dos fundos o volume financeiro alocado pode ser maior que os dois primeiros que estão em pouco menos de R$ 1 bilhão. “Ainda estudamos qual caminho seguir”, finalizou o executivo.