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O preço da energia no mercado livre despencou para os meses de abril, maio e junho – com quedas de 27,24% para fonte convencional no próximo trimestre e redução de 20,91% no caso da energia incentivada, de acordo com a curva Forwar divulgada pela Dcide, empresa de soluções tecnológicas para o setor de energia elétrica. A curva de referência é formada a partir de um conjunto de contratos registrados de forma colaborativa na plataforma.

Dados da Pacto Energia, grupo empresarial que atua em geração, transmissão e comercialização de energia, corroboram com o comportamento apontado pela Dcide. A energia convencional no Sudeste/Centro-Oeste estava sendo negociada há R$ 106,00/MWh para abril, caiu para R$ 90,00 ao longo dos últimos dias. Para maio, o preço estava em R$ 127,50/MWh e caiu para R$ 93,49/MWh. Para junho, o preço saiu de R$ 171,50/MWh para 127/MWh.

A Agência CanalEnergia apurou que consumidores estão buscando renegociar contratados em função da redução das atividades provocadas pela pandemia de coronavírus no Brasil. O avanço do Covid-19 fez as empresas adotarem medidas para preservação da saúde de seus funcionários. Setores como esporte, lazer e eventos estão adiando suas programações.

“Não temos um estudo específico sobre o impacto da pandemia na carga, mas já observamos muitas empresas flexibilizando jornadas de trabalho e, na medida do possível, liberando os funcionários para fazer home office, o que tende impactar no consumo de energia das empresas” disse o diretor de Operações da Electra Energy, Leonardo Salvi.

A expectativa do mercado é de redução no consumo de energia nos setores comercial e industrial; em contrapartida, espera-se um aumento no consumo residencial, porém, este setor está concentrado no mercado regulado.

Rodrigo Pedroso, CEO da Pacto Energia, pondera que o setor industrial representa uma parcela importante do consumo elétrico do país, porém essa participação já não é majoritária como era antes de 2008.

“É importante lembrar o que vivenciamos durante a greve dos caminhoneiros em 2018. Houve uma retração muito grande no consumo, mas logo após a greve a gente teve um consumo industrial recorde, porque as fábricas precisavam repor tudo aquilo que não foi produzido naquele período”, destacou Pedroso, que acha prematuro afirmar que o coronavírus vai impactar definitivamente os preços do mercado livre.

Já na avaliação do presidente da Copel Energia, Franklin Miguel, alguns segmentos deverão apresentar uma redução significativa no consumo no curto prazo, com a demanda voltando em um patamar menor no segundo semestre.

“No nosso modelo de preço, o impacto da ENA [Energias Naturais Afluentes] é maior do que o da carga. Se tivermos uma seca nos próximos meses, o preço pode voltar aos patamares antes da crise”, lembou o executivo. “Creio que preço de 2021, que caiu recentemente, deve voltar a subir a partir de agosto de 2020”, completou.