A maior empresa de energia elétrica do Brasil também figura entre as sete maiores desvalorizações na bolsa de valores de São Paulo (B3) durante o mês de março, segundo levantamento realizado pela Economatica. Em apenas 20 dias (1/3 a 20/3), a Eletrobras perdeu R$ 27,5 bilhões em valor de mercado.
A Eletrobras detém cerca de 30,2%da capacidade de produção de energia do Brasil (50.429 MW,) e 45,2% das linhas de transmissão acima de 230Kv, com 64.664 Km, de acordo com o último balanço oficial publicado pela empresa em 30 de setembro de 2019.
Analisando os números, é possível ver que a estatal estava em uma trajetória positiva em meio a expectativa de privatização alimentada pelo Governo Federal. Entre 31 de dezembro de 2019 e 21 de fevereiro de 2020, a companhia saiu de um valor de mercado de R$ 51,2 bilhões para R$ 59,6 bilhões, uma valorização de R$ 8,4 bilhões em cerca de 52 dias.
Contudo, essa curva entrou em declínio acelerado desde de que começou os primeiros rumores de casos de coronavírus (Covid-19) no Brasil. Em um recorte entre o dia 21 de fevereiro até 20 de março, a Economatica contabilizou uma desvalorização de R$ 32,7 milhões nas ações da Eletrobras.
A desvalorização no segmento de energia elétrica na B3 é generalizado. Em março, estão entre as maiores perdas as empresas CPFL Energia (R$ – 11,8 bilhões); Neoenergia (R$ – 8,4 bilhões); Cemig (R$ -7,9 bilhões); Equatorial (R$ -7,4 bilhões); Copel (R$ -6,98 bilhões); e Engie Brasil (R$ -6 bilhões).
Ibovespa
Empresas de capital aberto perdem R$ 571 bilhões na semana do dia 20 de março, a segunda maior queda semanal da história em valor nominais. O Ibovespa caiu -18,88% na semana, a oitava maior queda da história do principal índice da B3.
Em 2020, as empresas brasileiras de capital aberto perderam R$ 1,74 trilhão. No mês de março até o dia 20, a perda soma R$ 1,37 trilhão.
Petrobras é a empresa com maior queda de valor de mercado na semana de 20 de março, com perdas de R$ 46,1 bilhões.