Pesquisa realizada pela consultoria Greener entre os dias 19 e 24 de março, com mais de 541 empresas de todas as regiões do país, confirma: o mercado de energia solar no Brasil já sente os efeitos negativos da pandemia de coronavírus (Covid-19).

“Todos esses acontecimentos acabam por impactar a economia mundial e o setor fotovoltaico não ficaria de fora. Reduções nos investimentos e dificuldades na produção dos equipamentos são exemplos das consequências que podem afetar esse setor que, até então, apresentava amplo crescimento no Brasil”, evidencia o estudo divulgado na última quinta-feira, 26 de março.

Integradores de energia solar já sentem os efeitos da crise

A maior preocupação das empresas é com o fluxo de caixa, pois, 71% dos participantes alegaram já ter perdido negócio, seja por desistência ou por adiamento e 83% notaram uma redução do número de interessados em adquirir um sistema fotovoltaico.

Além disso, 49,2% dos participantes notaram aumento de custo dos equipamentos, consequência da alta do dólar. “Apesar da produção estar sendo retomada, sobretudo na China, possíveis restrições logísticas são os principais fatores de preocupações apontados pelos fabricantes consultados”, destaca o estudo.

Pelo menos 50,6% dos respondentes alegam não ter mais estoques de equipamentos e 19,4% admitiram ter estoque para 1 ou 2 meses de operação.

A desvalorização cambial, no entanto, não preocupa proprietários e investidores de usinas de grande porte, devido à natureza dos contratos de fornecimento, que preveem a entrega em um horizonte de médio e longo prazo.

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