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Um relatório da Bloomberg New Energy Finance mostra que o Brasil se destacou no mercado de PPAs corporativos de energia renovável este ano. O 2020 Corporate Energy Market Outlook  – The pandemic edition, mostrou que empresas privadas e instituições públicas assinaram 8,9 GW em PPAs Corporativos até julho deste ano. O valor é 0,3 GW acima do registrado no mesmo período do ano passado. Do total, o país foi responsável por cerca de 10% desse volume.

De acordo com a BNEF, na América Latina continua a migração para o mercado livre, já que as empresas do Brasil, Argentina e Chile decidiram comprar energia nesse ambiente de contratação. “Somente o Brasil viu 860 MW de negócios anunciados por meio de contratos sob medida em seu mercado livre”, diz o estudo. O aumento nos PPAs do Brasil, que deve levar a região a um recorde – compensou o desmantelamento do mercado de energia limpa do México pela atual administração do país, em nome do reforço da confiabilidade da rede. Nos Estados Unidos, o mercado Texano, que teve 5,5 GW de PPAs corporativos em 2019, caiu para 940 MW em julho.

De acordo com o levantamento do BNEF, os Estados Unidos, considerado o maior mercado de dessa classe, tiveram uma forte queda com a pandemia, enquanto países como Brasil, Espanha, Austrália  e Taiwan registraram aumento. Taiwan comprou 1,2 GW de energia limpa, mais do que qualquer outra. Há a necessidade de um forte desempenho global no segundo semestre para novos recordes ao fim do ano.

Na Europa, as negociações somaram 1,4 GW em nove diferente mercados até julho deste ano. Os países nórdicos que dominavam o mercado tiveram apenas 400 MW anunciados no período. Um inverno quente e úmido levou os preços da energia na região ao pior início em mais de dez anos,  reduzindo o apetite dos compradores. Já a Espanha apareceu como o melhor mercado, com os PPAs solares mais baratos e os preços de eólicas competitivos após os dos países nórdicos. As empresas estão assinando contratos pan-europeus na Espanha, capitalizando preços baratos para compensar seu consumo no resto da região. Na Austrália  o aumento nos PPAs chegou a 50%, com multinacionais com Amazon e Aldi Foods fechando contratos atraídas pela flexibilidade do mercado.

A covid-19 teve um impacto que variou conforme a região em todo o mundo. Enquanto em alguns, ele foi pequeno, ficando limitado ao desenvolvimento mais lento de alguns projetos e ao orçamento e reorganização de prioridades por parte de alguns compradores. Por outro lado, para mercados como China, Índia, EUA e particularmente México, a pandemia está tendo um efeito negativo na atividade de aquisição de energia.