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A aprovação do PL do novo mercado de Gás também traz a expectativa de uma indústria do vidro mais competitiva, de forma a retomar postos perdidos nos últimos anos. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o presidente-executivo da Associação Brasieira da Indústria de Vidro, Lucien Belmonte, revelou que o momento é o de consenso na indústria para a aprovação.

“Está todo mundo de acordo com o PL do lado do setor produtivo”, afirmou. Os custos com gás e energia, dependendo do tipo de produção variam entre 30% e 40% do custo industrial do vidro.

Os benefícios para a indústria do vidro não devem ser observados no dia seguinte  da aprovação do PL, segundo Belmonte. Porém, o aceno para se criar um mercado precificado com base na lei da oferta e da demanda por si só já traria significativa melhora nas perspectivas.

Belmonte argumentou que o gás mais barato levará o vidro brasileiro a recuperar a competitividade internacional perdida nos últimos anos. A China abocanhou os mercados da América do Sul e da Costa Oeste da África, que eram do Brasil. “Não exportamos mais, não é só uma que estão dentro do mercado interno, é se colocar em posição de competividade para outros países. Com o gás custando o dobro do que custa para os competidores internacionais, não existe futuro”, salientou.

Belmonte não endossou as críticas feitas por distribuidoras de gás que a nova lei não iria estimular a interiorização do insumo no país. O executivo da Abividro lembra que já existem gasodutos em Cuiabá (MT) e em outros estados que não resultaram no desenvolvimento dos mercados locais. A associação também não concorda com a obrigatoriedade de térmicas na base, que também vem sendo cogitada. Segundo ele, os projetos de expansão deveriam ser definidos pelo planejamento setorial e pela viabilidade econômico-financeira dos projetos, não por uma determinação legal.

O representante setorial também elogiou a substituição do modelo de concessão para autorização para a construção de novos gasodutos. Para a Abividro, isso facilita a instalação da infraestrutura necessária para os investimentos que viabilizarão acordos no mercado livre. Ainda de acordo com ele, o novo mercado vem para trazer um movimento de liberdade ao setor onde será possível a negociação direta entre produtores e consumidores.

Belmonte deu o crédito à disposição do Ministério da Economia, com a secretaria especial de produtividade, que produziu o material para demostrar que mudanças nos mercados de Gás e Energia trariam a competitividade.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) vem sinalizando que a votação do projeto está próxima. O novo marco legal do Gás Natural já vinha sendo desenhando desde o governo Temer, em que as atuais diretrizes começaram a ser debatidas por meio do projeto “Mais Gás para Crescer”.