Previsão foi apresentada pelo operador na reunião do Programa Mensal de Operação para os próximos 30 dias, nenhum submercado deverá alcançar ENA média este mês
Maurício Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo (SP) Compartilhar
A primeira estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico para a carga em setembro é de queda de 1,6% quando comparado ao mesmo período de 2019. De acordo com dados apresentados no Programa Mensal de Operação, a previsão decorre de uma expectativa de queda na demanda nos submercados Sudeste/Centro Oeste, de 2,8% e de 1,2% no Nordeste. No Sul e no Norte são esperados crescimentos de 0,6% e de 1,6%, respectivamente. Se a previsão se confirmar, a carga no SIN deverá ficar em 65.726 MW médios.
Em termos de vazões, o ONS projeta que em setembro nenhuma região deverá alcançar a média de longo termo. No Sul é que se estima ficar mais próximo da curva histórica com 89% da MLT. No SE/CO a energia natural afluente é estimada em 78%, no Norte em 76% e no NE em 66% ao final de setembro.
O deplecionamento segue em todo o país na comparação com os dados desta sexta-feira. A projeção é de que o nível de armazenamento em 30 de setembro fique em 37,8% no SE/CO, em 59,3% no Sul, 61,5% no NE e de 51,9% no Norte.
Para a semana operativa que começa neste sábado 29 de agosto, o ONS aponta que o custo marginal de operação continua descolado. Está na média de R$ 63,45 no SE/CO, Sul e Norte, resultado da carga pesada a R$ 64,79/MWh, R$ 64,31/MWh na média e a leve a R$ 62,17/MWh. No NE está na média de R$ 52,07/MWh, sendo a carga pesada em R$ 54,17/MWh, a média em R$ 52,75/MWh e a leve em R$ 50,37/MWh.
A previsão de despacho térmico é de 4.304 MW médios, sendo que por ordem de mérito não há geração. Apenas 3.961 MW médios por inflexibilidade e outros 343 MW médios por restrição elétrica.