O consumo de energia no mercado livre apresentou alta de 4,5% nas três primeiras semanas de agosto na comparação com o mesmo período do ano passado, informa a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Já no mercado regulado houve retração de 2% na mesma base de análise, mas com a demanda no Sistema Interligado Nacional (SIN) mantendo-se praticamente estável, com leve acréscimo de 0,1%.

Segundo a CCEE, os resultados preliminares não consideram a migração de 900 MW médios em cargas do ambiente regulado para o livre. Expurgados os efeitos, o ACL computa recuo de 0,1%, enquanto o regulado apresenta elevação de 0,2%. Além disso, o estudo não calcula os dados de Roraima, único estado não interligado ao sistema.

Quanto às demandas por ramos de atividade, ao eliminar os impactos de migrações para o ACL, oito segmentos apresentaram queda no período: serviços (-20%), transportes (-13%), veículos (-11%), telecomunicações (-4%), comércio (-4%), têxteis (-2%), químicos (-2%) e extração de minerais metálicos (-1%).

Já as maiores altas foram verificadas nos setores de bebidas (12%), minerais não-metálicos (7%), saneamento (4%) e alimentícios (4%).

Na análise regional, os maiores crescimentos aconteceram nos estados do Amazonas (13%), Rondônia (12%), Amapá (10%), Mato Grosso (9%) e Pará (7%). Já as maiores quedas foram verificadas no Rio Grande do Sul (-11%), Bahia (-7%), Piauí (-5%), Espírito Santo (-5%) e Rio Grande do Norte (-5%).