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Os leilões A-4 e A-5 realizados nesta sexta-feira, 25 de junho, foram caracterizados pela baixa demanda e altos deságios. No leilão A-4, o preço ficou em 151,15/ MWh e no A-5 em 172,39/ MWh. Ambos os leilões tinham R$ 318/ MWh como preço inicial. Agentes ouvidos pela reportagem da Agência CanalEnergia avaliaram que a baixa demanda era uma expectativa que acabou se concretizando. Já as inovações apresentadas na disputa foram elogiadas.

Embora nenhum projeto tenha sido viabilizado nos certames, a possibilidade de projetos novos participarem do leilão agradou o presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas, Xisto Vieira Filho. De acordo com ele, as energias não deveriam ser diferenciadas. “As duas têm os mesmos efeitos elétricos. O que interessa é cumprir o que se pede no edital. Não vejo sentido em energia existente ser diferente de energia nova em termos de leilão”, explica.

As inovações na dinâmica do leilão também foram elogiadas por Eduardo Faria, sócio fundador da Mercurio Trading. Para ele, houve esse desenho positivo embora estivesse claro que a disputa com a energia existente seria difícil. “A competitividade ficou comprometida. Isso já era esperado”, comenta. Segundo Faria, os leilões de julho, que vão envolver energias renováveis, deverão envolver preços ainda mais baixos que os dos certames realizados hoje, já que historicamente eles já vinham sendo menores. Ainda de acordo com ele, a demanda baixa acabou proporcionando a forte queda nos preços. Faria lembrou que muitos projetos que estavam cadastrados para estes leilões ainda podem disputar outros leilões.

Para a advogada Lívia Amorim, sócia da área de Energia do Souto Correa Advogados, o resultado dos leilões de hoje acabou revelando uma incerteza contratual no comportamento da demanda pela compra de energia no mercado regulado maior que a esperada. “Digo incerteza contratual porque está associada não necessariamente ao comportamento da demanda, mas a como será o atendimento futuro desta demanda e como esse consumo se encaixará no portfólio de contratos da distribuidora” salienta. Segundo a advogada, ainda há questionamentos não respondidos, como se vai haver uma busca ainda maior pelos recursos distribuídos ou maior expansão do mercado livre com a abertura.

A inclusão de cláusula que permitia redução por parte da distribuidora no montante contratado já havia sido apontada como fator de desestímulo ao leilão.

Já a fonte térmica, que era a fonte de energia dos leilões de hoje, deverá ter o seu grande momento no leilão de capacidade, que será realizado em dezembro. Para o presidente da Abraget, será um certame moderno e sem demanda, com a confiabilidade sendo avaliada. “É outro tipo de leilão. O leilão de geração térmica mais importante é o leilão de capacidade”, conclui.