O Brasil atingiu a marca histórica de 4 GW de potência operacional da fonte solar em usinas de grande porte. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), as UFVs equivalem a 2,2% da matriz elétrica brasileira atualmente, com investimentos que somam R$ 21,3 bilhões e mais de 120 mil empregos acumulados desde 2012.

A avaliação é de que as plantas de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores. “Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar são menos de 18 meses desde o leilão até o início da geração”, acrescenta o presidente da Associação, Rodrigo Sauaia.

Atualmente esses empreendimentos são a sexta maior fonte de geração do país, estando em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).

Autogeração chega a 800 mil unidades

Outro levantamento da Absolar aponta que o país bateu a marca de 800 mil unidades consumidoras com geração própria de energia a partir dos painéis solares. A modalidade representa mais de 7,2 GW operacional, sendo responsável pela atração de mais de R$ 36,7 bilhões em novos investimentos ao país.

Embora tenha avançado nos últimos anos, a avaliação é de que o Brasil continua atrasado no autoconsumo fotovoltaico. Dos mais de 88 milhões de consumidores de eletricidade, apenas 0,9% fazem uso do sol para produzir energia renovável e competitiva. Mas a perspectiva da Associação é para um impulso importante da tecnologia em telhados e pequenos terrenos espalhados pelo território nacional nos próximos anos.

Em número de unidades consumidoras que utilizam a geração própria de energia solar, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 75,8% do total. Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços (14,4%), produtores rurais (7,3%), indústrias (2,1%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).

A geração própria de energia solar já está presente em 5.083 municípios e em todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá (MT), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ), respectivamente.