A catarinense Cotesa Engenharia, que também atua em outros 20 estados brasileiros e Distrito Federal, irá participar da licitação no próximo dia 10 de janeiro para Operação & Manutenção (O&M) de onze subestações, 1,5 mil km de linhas de transmissão em 225KV, além do controle operacional em dois Centros de Operações localizados na Costa do Marfim e Guiné. O edital refere-se a Integração Energética em Sistemas de Alta Tensão (CLSG) da África Ocidental, as quais a Libéria e Serra Leoa também fazem parte.

Durante a prestação de serviços também será realizada a transferência tecnológica a CLSG e aos organismos locais de gestão energética após quatro anos. Desta forma haverá treinamentos operacionais às equipes locais, a produção de relatórios e procedimentos técnicos de O&M e performance das instalações, além desenvolvimento sistêmico de controle operacional, fiscal e financeiro dos ativos.

O projeto prevê a geração de 116 empregos diretos em seu primeiro ciclo operacional, com estimativa de investimento de R$ 250 milhões ao longo dos quatros anos de atividade. Em caso de vitória no certame, a empresa realizará o trabalho em parcerias regionais com a Skyline Engenharia e GRID Company, ambas de Gana, que darão a sustentação logística para a execução do contrato.

Em novembro, a Cotesa Engenharia enviou o diretor Operacional, Rafael Franzoni, o assessor especial da Presidência e de Desenvolvimento de Novos Negócios, Felipe Andreas, para realizar a visita técnica às instalações e sistemas do projeto. “Vamos completar 25 anos de experiência no mercado de O&M e temos a expertise necessária para dar suporte a este projeto de desenvolvimento energético à África Ocidental”, comentaram os representantes da empresa brasileira.

Durante a visita, Franzoni e Andreas também se reuniram com a embaixadora brasileira em Gana, Maria Elisa Teófilo de Luna, e o conselheiro da embaixada Marco Sparano. Foi apresentado o interesse em realizar o serviço e as oportunidades locais para o processo de expatriação de brasileiros para atendimento ao projeto, sendo necessária a participação da Embaixada brasileira junto ao Governo de Gana para a obtenção de vistos de trabalho.