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A Tradener encerrou 2021 com um crescimento de 103% . A empresa que foi a primeira comercializadora de energia no mercado livre tem sua carteira de longo prazo composta por mais de 750 clientes. Foram ao todo 5.751 oportunidades de negociação, considerando propostas de 1 a 6 meses e aqueles contratos superiores a 6 meses, com 34,7% confirmados.

No Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) foi registrado aumento de 13% no volume de compra e venda e a negociação de 1,37 GW médios, quase 70% em contratos de longo prazo. Além da aquisição de energia lastreada junto a tradicionais geradoras, a companhia produz mais de 120 MW médios com geração própria entre fontes renováveis, estando habilitada como varejista no quadro da CCEE.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, o CEO da Tradener, Walfrido Avila, atribuiu o resultado à estratégia adotada ao longo dos últimos anos, focada em contratos de longo prazo, o que atenua as movimentações de PLD e submercados. E ainda destacou 136 MW de potência instalada em operação e previsão de mais 30 MW entre duas PCHs a serem concluídas em setembro e dezembro desse ano em Goiás.

“Temos um trabalho consistente e cada vez mais pensando no longo prazo para compra e venda de energia, além da nossa parte de serviços, principalmente para 40 geradoras, como no caso de auxílio na questão dos PPAs e sua concepção de forma inteligente, sem penalidades aos clientes”, pontua o executivo.

Segundo ele a empresa tem sido muito demandada por consumidores livres que deixaram de ser atendidos por outros agentes. Essa procura, continuou ele, tem facilitado o crescimento com um atendimento para evitar ao máximo penalidades nos contratos ou pegadinhas que o cliente tenha que pagar mais pela energia que compra.

Na avaliação do diretor comercial, Jorge Caliari, o exercício do ano passado é explicado em parte pelo aumento da liquidez do mercado, com o volume negociado no Balcão sendo maior devido ao incremento no número de operações de compra e venda. Esse movimento é diferente do verificado pela Tradener, em que a energia é alocada em operação única, exclusivamente junto a consumidores finais.

Com relação às vendas para consumidores livres e especiais, o ano de 2021 representou cerca de 140 novos contratos de fornecimento para a comercializadora, muitos deles se estendendo além de 2035. “Para 2022 o volume geral negociado no mercado livre deve ser ainda maior, principalmente com as expectativas do aumento dos custos do ACR, o que deve impulsionar mais ainda as migrações”, conclui Caliari. Não foram informado os valores.

Perspectivas

Por sua vez Walfrido entende que 2022 não deverá trazer grandes transformações no ACL, a não ser um pouco pela avaliação do que será o mercado de curto prazo. “Se for muito pujante podemos melhorar um pouco e estamos prontos para isso. Mas se não for, com o ano inteiro em baixa e sem margens vai ficar como está, talvez uns 0,7% a mais”, avalia.

Enquanto o mercado não abre a companhia tem acompanhado de perto seus desdobramentos, se preparando para atender todos os tipos de clientes. Nesse sentido tem buscado preparar sua infraestrutura através de sistemas que facilitam e agilizam as operações.

Sobre eventuais pontos de melhorias ao ACL, Walfrido cita a burocracia dentro da CCEE e Aneel como “infernal”, através de um sistema que só visa penalidades, deixando os agentes cada vez mais temerosos em relação a novos investimentos. Em segundo lugar, ele afirma a necessidade de uma economia diferente que permita juros mais baixos, facilitando os recursos.

“Hoje os juros já estão superiores ao retorno dos novos investimentos, o que traz dificuldades de alavancagem, precisando de mais equity e menos financiamento, o que é um problema que pode ser resolvido automaticamente pela eleição. Com mais de 50% de impostos de carga tributária, como querem modicidade tarifária?”, questiona.

Perguntado sobre o programa de redução da demanda lançado no ano passado, o CEO contou que a adesão foi muito boa, com praticamente 70% dos clientes utilizando a modalidade, visto que uma parte não possui condições operacionais de reduzir seus consumos energéticos.

“Estabelecemos até dezembro, mas o que me parece é que virou permanente, porque ajuda a otimizar o mercado e as reservas de energia, adequando conforme os clientes e a sobra da energia para melhorar os contratos”, explica.

Ademais a companhia avança com a outorga de três pequenas centrais hidrelétricas em Goiás para além das cinco que já possui em operação. Uma está pronta para começar e as outras duas faltam as licenças ambientais, o que pode demorar até 16 anos levando em conta o último processo desse tipo que a empresa teve que submeter. Completam o portfólio unidades eólicas no Sul e Nordeste.