O ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida ressaltou em audiência pública do Senado Federal que a conta de energia deverá cair, segundo cálculos do MME, 19,49%, na média no Brasil. Esse valor foi destacado pela pasta mais cedo em uma nota informativa onde são consideradas as mudanças legislativas nos últimos meses. Entre elas, o PL 1280, o aporte da Eletrobras na CDE e a redução do ICMS na LCP 194.

O executivo esteve presente na comissão para falar dos custos do combustível no país e participou do encontro logo após o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ambos destacaram, apesar dos ataques da oposição à situação da economia e da inflação, o fato de o país ser atrativo ao investimento externo ao apresentar uma posição de defesa ao livre mercado.

Inclusive, Guedes afirmou em sua participação a não concessão de subsídios a combustíveis fósseis por um longo período como uma forma de incentivar a transição energética no país.

“Subsídios aos combustíveis fósseis por longo tempo desestimula a transição energética, por exemplo, com o uso de fontes como a solar. Por isso baixamos os impostos sem distorcer sistema de preços e sim com a transferência de renda ao invés de subsídios”, afirmou o ministro.

Guedes lembrou que em conversas com países da Europa e os Estados Unidos, o caminho mais certeiro é o de caminhar rumo ao hidrogênio verde. E nesse sentido, o Brasil está bem posicionado tanto em suas políticas quanto geograficamente, pois é um país que dialoga com todos os mercados e possui os recursos naturais para fornecer o que classificou na audiência como o combustível do futuro.

“O mundo procura por lugares estáveis que ajudarão a Europa em alcançar segurança energética, o Brasil está nessa condição de fornecer um futuro verde e não mais cinza, ou seja, baseado em combustíveis fósseis”, acrescentou Guedes.

O ministro em um momento ufanista destacou que o Brasil em 5 anos tem condições de colocar de 10 a 50 Itaipus de geração eólica offshore. Considerando que a UHE no rio Paraná tem 14 GW a previsão de Guedes é de que o país poderia viabilizar de 140 a 700 GW em potência instalada somente com a fonte de geração no mar. “O Brasil é chave para a segurança energética e alimentar do mundo”, arrematou.