A Geração Distribuída cresceu e já é equivalente a 4,3% de todo o consumo dos clientes das tradicionais distribuidoras, aponta o último levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No primeiro semestre as pequenas usinas da modalidade produziram 1.828 MW médios, alta de 80% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O mercado fotovoltaico tem ocupado cada vez mais espaço na matriz brasileira de energia, sobretudo com o crescimento expressivo da presença de painéis em indústrias, empresas e residências nos últimos anos. Em capacidade instalada, a tecnologia conta com 11.315 MW de potência no país, equivalente a quase uma hidrelétrica de Belo Monte.

Complementando a representatividade da fonte, a geração centralizada das fazendas solares foi responsável pela oferta de 1.207 MW médios nos primeiros seis meses deste ano. O resultado corresponde a uma alta de 64% frente a 2021 e seria suficiente para atender todo o estado do Mato Grosso no mesmo período.

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, avalia como bastante promissor o cenário para os próximos anos. “De um lado temos a demanda crescente da sociedade por mais sustentabilidade e do outro um apetite grande dos investidores, tornando esse mercado ainda mais atrativo”, destaca.

Ao todo, somados os 5.719 MW da geração centralizada, os empreendimentos FV no Brasil concentram capacidade instalada de 17.035 MW, mais do que a usina de Itaipu. O levantamento teve como base em informações do banco de dados da Aneel e dos boletins da Câmara de Comercialização.