Um mapeamento do Distrito com contribuição da Órigo mostrou que as energytechs dão sinal de força em meio à queda de investimentos em startups de outros setores. Ao todo, os investimentos em startups de energia cresceram 134% entre janeiro e novembro deste ano em comparação a todo ano de 2021.

O Distrito EnergyTech 2022 mostra que as energytechs receberam US$ 288 milhões em 15 rodadas de investimentos nos dez primeiros meses do ano, contra US$ 123 milhões no ano anterior. Com isso, as startups brasileiras levantaram US$ 4,1 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, praticamente metade dos recursos que receberam no mesmo período de 2021. O aumento nos investimentos no setor de energia foi puxado pela categoria energia renovável, com aportes de US$ 399 milhões desde 2015.

“O mapeamento mostra que os problemas climáticos, a volatilidade de preços de energia e a evolução regulatória estão atraindo o interesse do investidor para as energytechs. Essas empresas têm conseguido criar soluções que atendem a demanda por fontes renováveis e que, ao mesmo tempo, tornam seu consumo mais eficiente”, disse o CEO e cofundador do Distrito, Gustavo Gierun.

De acordo com o estudo, a categoria energias renováveis foi a que mais atraiu recursos, com cerca de US$ 276 milhões durante os dez primeiros meses do ano. Os dois maiores deals do período são de empresas que atuam com energia solar: a Órigo, com US$ 134 milhões, e a SolFácil, uma rodada de US$ 130 milhões. A categoria respondeu por 92,3% de todo o volume captado no período.