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O setor solar enfrenta um momento de desafios com o preço da fonte pressionado pelo custo de capex e do financiamento em alta. Esse dois itens colocam a energia dessa modalidade em tendência de elevação. Apesar da inflexão da curva que chegou ao seu pico em 2022, os valores para investimento ainda estão acima do patamar pré pandemia. Apesar disso, a competição para a fonte se dará com a expansão do mercado livre e autoprodução enquanto a tarifa do ACR continuará sua trajetória de alta.

De acordo com dados apresentados no primeiro dia do Greener Summit 2023, atualmente os valores de capex giram na faixa de R$ 3,69 por Wp instalado. Esse montante está cerca de 10% menor do que no ano passado. Mas ainda é 32% acima do que era praticado no mercado em 2019. Essa curva, explicou o CEO da Greener, Marcio Takata, é semelhante tanto para a geração centralizada quanto a distribuída.

“Esse número é importante de ser analisado porque o custo de equipamentos, em geral, representa 80% do capex total da implantação de um novo projeto. Esse impacto, claro, tem influência também da taxa de câmbio”, ressaltou ele.

Takata lembrou que o elemento de custo mais importante é o do polissilício que este ano está no patamar de US$ 20 por kg, bem mais alto do que os US$ 10 pelo mesmo volume do produto em 2019. Com isso, os módulos são comercializados no Brasil a R$ 1,43 por Wp, redução ante o valor de R$ 1,79 por Wp instalado no ano passado.

Em sua avaliação o setor deverá ver uma aceleração de projetos que devem entrar em operação comercial até 2025 para a geração centralizada, muito em decorrência da corrida do ouro na esteira dos PPAs já fechados. Inclusive, ele relatou que esses acordos não têm sido registrados como em um passado recente.

Com essa conjuntura, o setor deverá ver as margens mais apertadas de rentabilidade uma vez que custos de investimentos estão mais altos e preços de energia mais baixos por conta do cenário de hidrologia mais favorável pelo qual o país tem passado desde o ano passado. Mas, aponta que entre as oportunidades há a abertura de mercado e a possibilidade de novos modelos de negócios que chegam com a ampliação da base de consumidores no ACL.

Já no segmento de geração distribuída remota, a perspectiva é de crescimento até o final de 2024 por conta das regras da Lei 14.300. Aliás, a tendência com o avanço das regras da GD é de que a local se sobressaia sobre a GD compartilhada por causa das mudanças regulatórias. Em diversos cenários essa alternativa mostra-se atualmente inviável do ponto de vista econômico.

“A GD compartilhada no formato que conhecemos não tem espaço e tende a entrar no mercado livre. O sistema de compensação, ele está com seus dias contados, afinal a regra antiga ainda tem efeito, mas para a nova não. Então o sistema de compensação atual não será mais necessário no Brasil”, comentou Ricardo Costa, presidente da GD Solar.

Helder Souza, diretor da TR Soluções, destacou que o maior desafio da GD solar em todas as distribuidoras é competir com o mercado livre. Segundo cálculos apresentados, em todas as classes é viável a migração ao ACL quando comparado à perspectiva de avanço da tarifa no mercado regulado. “A grande competição que os geradores fotovoltaicos têm é com o mercado livre e autoprodução, que também vem se desenvolvendo de forma rápida”, disse ele em sua participação no evento.

Até porque a perspectiva é de que as tarifas no ACR continuem sua trajetória de alta. Com a redução dos valores a devolver do crédito do PIS/Cofins a percepção dos consumidores é de que a tarifa está mais elevada pois o impacto de redução está cada vez menor. Em 2022 essa devolução reduziu em 8,3% a tarifa, já em 2026 deverá ser de 2,7% e em 2028 de 2,5%. Esse é apenas um dos diversos componentes tarifários apontados como o encargo de energia de reserva e outros subsídios que continuarão a incidir sob a conta.