A Petrobras e o BNDES iniciaram estudos para estruturar um fundo de Corporate Venture Capital (CVC) para apoiar micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica. Num primeiro momento, a ideia é identificar os setores mais promissores para esse tipo de investimento, considerando os temas relacionados a transição energética e que estejam alinhados às estratégias de longo prazo das organizações. A companhia prevê um montante de US$ 100 milhões para a estratégia de investimentos em CVC, nos próximos cinco anos, conforme o Plano Estratégico 2024-2028.

Esse é o primeiro fundo desse tipo entre a petroleira e o bando, e será constituído de acordo com as normas da CVM. O gestor será escolhido por meio de edital público terá independência para as decisões e aportes, além de autoridade para agir em nome do fundo. A iniciativa é uma das ações do Acordo de Cooperação Técnica, assinado em junho do ano passado, para formação da Comissão Mista voltada para as áreas de óleo e gás, com focos em pesquisa científica, transição energética, descarbonização e desenvolvimento produtivo e governança. A vigência do acordo é de até quatro anos.

A estruturação da governança do CVC e os valores a serem aportados ainda serão submetidos às respectivas instâncias internas de aprovação. Os objetivos de ambos os parceiros são originação de negócios, desenvolvimento de fornecedores e mercados, inteligência tecnológica e remuneração do capital. O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, enfatizou que o fundo permitirá fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, de maneira integrada ao arcabouço de inovação que a Petrobras já desenvolve no âmbito dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento.