O consumo de energia em fevereiro de 2024 teve um aumento de 8%, de acordo com dados da Resenha Mensal produzida pela Empresa de Pesquisa Energética. Pelo quinto mês seguido, a classe residencial liderou na expansão, com 11,1% de variação, enquanto nos segmentos industrial e comercial o aumento ficou em 6,5% e 8,8%, respectivamente. No mercado cativo, o aumento do consumo ficou em 5,8% e no mercado livre, em 11,5%.

Na classe residencial, o consumo foi de 15.202 GWh, o terceiro maior de toda a série história desde 2004, ficando atrás apenas dos valores dos dois meses anteriores. O oitavo mês consecutivo com temperaturas acima da média e ondas de calor no país, com vendas de ar-condicionado e ventiladores, puxaram a expansão. O fevereiro mais longo deste ano pode ter majorado o consumo, mas a estimativa é difícil por depender do calendário de leitura das distribuidoras.

No segmento industrial, apenas cinco dos 37 setores monitorados retraíram seus consumos na comparação com o fevereiro de 2023. O consumo nos setores não eletrointensivos expandiu 10,5% na média, acima da expansão de 6,5% da indústria, enquanto nos eletrointensivos expandiu 5,4%. Os destaques foram para metalurgia, puxada pela cadeia do alumínio primário; fabricação de produtos alimentícios, beneficiada pela alta no consumo das famílias e exportações; e extração de minerais metálicos, puxado pelas exportações de minério de ferro.

No consumo comercial, houve redução em relação a dezembro e janeiro, porém, o valor foi o terceiro maior já registrado de toda a série histórica da EPE. O consumo foi influenciado pelas temperaturas acima da média, pelo bom desempenho do setor de comércio e serviços e pela adição na base de consumidores comerciais. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Mensal do Comércio, as vendas do comércio varejista cresceram 4,1% em janeiro de 2024 em relação a janeiro de 2023.