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Considerando os Data Centers um setor em crescimento exponencial no mundo, a Atlas Renewable Energy acredita que essa indústria será um dos grandes motores de crescimento das renováveis no Brasil. De acordo com Lucas Salgado, Diretor Global de Estratégia e Planejamento Comercial da empresa, a modalidade de autoprodução no Brasil é um fator crítico de competitividade e de atratividade do Brasil para os DCs. Na autoprodução, o custo com energia pode ser até 50% menor do que em outros países da região e em mercados desenvolvidos, como Europa e EUA.

“Com um preço total de energia – incluindo encargos e tarifas de fio – em torno de 55 a 60 US$/MWh, oferecemos um custo competitivo aliado a uma energia limpa e de baixa emissão de carbono”, explica. Segundo ele, o suprimento de energia representa 40% do custo operacional dos DCs.

O executivo também acredita que deve haver uma busca em favor de critérios mais estruturados para os pedidos de conexão de carga, como a exigência de garantias e a comprovação de investimentos. Com isso, avançariam apenas os projetos com real chance de ser levados até o fim.

O diretor também vê a manutenção das estruturas da autoprodução e dos descontos da TUSD e TUST, como uma forma de preservar a competitividade comparativa do Brasil. Isso reforçaria a capacidade de atrair grandes investimentos, como os de DCs e projetos para a transição energética, como o hidrogênio verde e a eletrificação da indústria.

As movimentações realizadas pelo governo, através da Empresa de Pesquisa Energética, Agência Nacional de Energia Elétrica e Operador Nacional do Sistema Elétrico a fim de mitigar os gargalos na conexão, foram elogiadas pela empresa.

Uma outra condição que a Atlas considera como fundamental para acomodar novas cargas e garantir o escoamento da energia renovável é a implementação de sistemas de armazenamento em baterias (BESS), além dos reforços nas redes de transmissão. Isso permitiria que os potenciais fossem explorados e daria segurança aos investidores.

A Atlas possui um dos maiores contratos de suprimento energia de Data Center da região, em consórcio com a V.tal/Tecto. Também há contratos de fornecimento de energia para a Odata no Chile, além de estar em acertos finais e negociações no Chile, México e Colômbia. Para fins comparativos, Salgado lembra que a Albras, fabricante de alumínio e cliente da Atlas, é hoje o maior ponto individual de consumo no País, com uma carga aproximada de 800 MW. As conversas com os players da área de DCs projetam em menos de cinco anos demanda superior a 1.000 MW.

“Ao aliar inovação tecnológica, modelos de negócio flexíveis e uma base renovável sólida, o Brasil pode se tornar um polo regional para data centers sustentáveis — e a Atlas pretende ser uma parceira estratégica nesse movimento”, aponta Salgado.