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Avaliação feita pela Volt Robotics mostra que se o Congresso Nacional derrubar o veto presidencial aos “jabutis” na Lei das Eólicas Offshore (15.097), o curtailment voltará a subir em 2030 e chegará à marca de 3.000 MW med, o dobro do esperado para o período. Havia uma expectativa que os cortes cairiam nos próximos anos para 1.500MW med.
O veto presidencial – que está sob ameaça de ser derrubado pelo Congresso Nacional – alcançou artigos da lei que preveem a instalação compulsória de térmicas e PCHs, com uma potência instalada de 8 GW, representando uma geração cerca de 5.000 MW med, devido ao fator de capacidade das fontes. Com essa energia sendo injetada de forma compulsória no sistema, fontes mais limpas e mais baratas disponíveis, como as eólicas e solares, serão impedidas de injetar sua energia no Sistema Interligado Nacional.
De acordo com a avaliação da Volt Robotics, o corte poderá chegar a 20% da energia solar e eólica do país. O prejuízo financeiro para os empreendedores é estimado em R$ 3,6 bilhões ao ano. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, se os “jabutis” entrarem em vigor, no final da década, quando se espera que o curtailment possa estar sob controle, o país poderá enfrentar cortes de um volume de energia renovável equivalente ao abastecimento por um ano do Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe.
Do modo atual, é esperado que o curtailment comece a cair no ano que vem, atingindo cerca de 1.900 MW med em 2030 e 1.500 MW med em 2034 — quase a metade do volume atual, que representa um desperdício de aproximadamente 16%.
Segundo a Volt, o volume de energia que precisa ser cortado, por falta de demanda ou restrição de linhas de transmissão, deve comece a cair ainda esse ano, em função das medidas que estão sendo planejadas pelo Grupo de Trabalho do Ministério de Minas e Energia, bem como das obras de transmissão que entrarão em operação em 2028 e 2029.
No primeiro trimestre deste ano, os cortes já impactaram as usinas em R$ 971 milhões, incluindo reduções de receita e acréscimos de custo. Desde janeiro do ano passado, 68% dos cortes ocorreram por questões relacionadas à transmissão e 32% ocorreram por falta de consumo.