A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o edital do leilão do segundo circuito do sistema de transmissão de Belo Monte, marcado para o dia 17 de julho. A versão final do documento reduziu a previsão de investimento de R$ 7,7 bilhões para R$ 7 bilhões, e estabeleceu o valor da Receita Anual Permitida máxima em aproximadamente R$ 1,2 bilhão.

O leilão estava previsto para 26 de junho, mas foi adiado para que a Aneel fizesse os ajustes recomendados pelo Tribunal de Contas da União. A agência decidiu não acatar a sugestão de reduzir a taxa de retorno do empreendimento, mas promoveu adequações nos custos estimados de implantação das estações conversoras e converteu para real valores que haviam sido calculados em dólar. A garantia de fiel cumprimento é de R$ 700 milhões, 10% do valor total do investimento.

O custo médio ponderado de capital (Wacc) a ser considerado na definição do preço-teto dos leilões de transmissão passou de 5,54% para entre 7,63% e 7,86%. O teto do leilão, segundo o TCU, é 115% superior ao da primeira licitação de transmissão da usina.

O empreendimento tinha prazo de entrada em operação de 60 meses após a assinatura do contrato de concessão. Esse prazo foi reduzido para 50 meses a pedido do Ministério de Minas e Energia, que assumiu o compromisso de atuar junto aos órgãos participantes do licenciamento ambiental para facilitar o andamento do processo. Segundo o MME, a data de necessidade indicada no planejamento setorial para as instalações é janeiro de 2019.

O segundo bipolo vai escoar energia da hidrelétrica de Belo Monte para a região Sudeste do país começa no estado do Pará e passa por Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O projeto é composto por uma estação conversora na subestação em 500kV Xingu; uma estação reversora junto à subestação 500 kV Terminal Rio; uma linha de transmissão em corrente continua de 800 kV Xingu-Terminal Rio, com aproximadamente 2.500 km de extensão; uma linha em corrente alternada 500 kV Terminal Rio -Nova Iguaçu C1, com 30 km; seccionamento da LT 500 kV Adrianopólis-Cachoeira Paulista e Adrianopólis-Terminal Rio e dois compensadores síncronos de 150MVar na SE Terminal Rio.