A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica indicou que o fator de ajuste do MRE inicial para maio é de 78,3%. Esse é o mesmo patamar apresentado em março e está um pouco abaixo dos 81,8% apontados pela entidade para o mês de abril. A câmara deixou de indicar qual deve ser o impacto financeiro desse déficit de geração no setor elétrico, mas a estimativa apontada no início de abril era de uma média anual de 86,1% e impacto na casa de R$ 24 bilhões.

Essa nova estimativa foi apresentada nesta segunda-feira, 4 de maio, na reunião mensal do InfoPLD. O índice atual é o resultado da diferença de geração hidráulica estimada em 39.002,38 MW médios ante uma garantia física sazonalizada de 49.811,93 MW médios. Segundo a estimativa por semana da CCEE para o mês de maio, a última semana é que deverá apresentar o pior índice, 66,5%.
A apresentação de maio marcou o início da separação entre os valores de Encargos de Serviços do Sistema e o custo de descolamento entre CMO e PLD. O montante estimado para o ESS é de R$ 87,74 milhões para o mês de abril, divididos entre R$ 1,44 milhão por restrição elétrica e os R$ 86,29 milhões por segurança energética. Já a estimativa de custos devido ao descolamento entre o CMO e o PLD no mês passado ficou em R$ 294,38 milhões. Essa divisão atende ao novo critério estabelecido pela Aneel para a alocação de custos de operação das térmicas com CVU maior que o PLD, publicada pelo despacho da agência no. 183/2015.
Os maiores volumes desse valor de abril dividido por submercado ficou com o Sul com a estimativa de R$ 178,47 milhões, seguido pelo Sudeste com R$ 92,79 milhões. O Nordeste ficou com pouco mais de R$ 23 milhões e o restante com o Norte.
Já em termos de consumo, a CCEE apontou que o consumo no ACL de 1 a 28 de abril apresentou queda de 5%, em comparação ao mesmo período de 2014. Passou de 15.417 MW médios para 14.646 MW médios. A maior queda em termos porcentuais ficou com a área de serviços, 46,4%, mas esse segmento representa apenas 0,6% da demanda no mercado livre. Já o segmento de metalurgia e produtos de metal, que representa 41,1% da demanda do ACL recuou 25,5%, nesse mesmo período.