O consumo nacional de energia recuou 0,9% em março, chegando a 39.827 GWh. Os dados são da Resenha Mensal do Mercado de Energia, divulgados nesta terça-feira, 28 de abril, pela Empresa de Pesquisa Energética. A classe residencial teve queda de 1,1% na comparação com março de 2014. Já a classe comercial cresceu 2,1%, em ritmo menor que o de épocas anteriores. Já a classe industrial continuou a reduzir o consumo, mas dessa vez em índice de 3,2%, menor que o registrado em outras ocasiões. Por subsistema, o consumo no Norte teve o maior percentual de redução, de 3,1%. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste teve queda de 2,1%. Já o Sul teve crescimento de 0,3% e o Nordeste, de 2,8%.

No trimestre, o consumo de energia recuou 0,6%, atingindo 121.057 GWh. Desde 2005, é a segunda vez que acontece uma queda em um primeiro trimestre. A outra foi em 2009, na crise internacional. De acordo com a EPE, o consumo residencial subiu 1,4% no período, influenciado pelas temperaturas mais amenas e o baixo consumo da regiões Sul e Sudeste; a comercial subiu apenas 1,6%, devido a inflação alta e a queda na atividade varejista e a industrial caiu 1,9%, devido à baixa produção de vários setores.

Segundo a EPE, o consumo na classe residencial caiu pela segunda vez seguida no ano e as casas consumiram 112 GWh em relação a março do ano passado. O clima ameno, a diferenciação no faturamento e a percepção de um ambiente econômico ruim impactaram no resultado. A região sudeste teve redução de 3,7%, com destaque para São Paulo, em que o consumo caiu 6%. O Nordeste teve aumento de 3,1%, o Centro-Oeste cresceu 2,1% e o Sul, teve queda de 0,5%.

Embora a classe industrial tenha voltado a registrar queda, ela foi menor que as anteriores. No acumulado dos últimos doze meses, a queda é de 4,7%. A maior retração setorial de consumo foi no metalúrgico, em baixa de 14%. O recuo na produção na produção automobilística também impactou no consumo, caindo 10%. Já o consumo de energia no setor químico caiu 0,7%.

Na classe comercial, o crescimento no consumo foi de 2,1%, menor do que vinha sendo apresentada na série histórica, ficando acima apenas da registrada em março de 2013, de 1,6%. A alta da inflação, o crédito mais caro, o cenário econômico incerto e a redução de emprego causaram o baixo crescimento no segmento. São Paulo foi o único estado do Sudeste em que houve retração na classe, de 1,9% e o Rio de Janeiro teve aumento de 4,7%. O Norte teve alta de 6,7% e o Nordeste, de 6,6%