A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu na última sexta-feira, 12 de maio, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’ para a primeira emissão de debêntures do Projeto Eólico Delta 2, no valor de R$ 42,4 milhões e vencimento em dezembro de 2026. A perspectiva do rating é estável. Delta 2 é composto pelos parques EOL Testa Branca, I, Testa Branca III e Porto do Delta, da Ômega Geração. Eles estão localizados nos municípios de Paranaíba e Ilha Grande, no Piauí e totalizam 74,8 MW de capacidade instalada.

De acordo com a Fitch, o rating reflete o histórico operacional do projeto de apenas seis meses e a disponibilidade de dados, que ela considera adequada para realizar os estudos de vento e de geração de energia. Ainda de acordo com a agência, o ratig também reflete a exposição a eventuais déficits de geração de energia compensados ao Preço de Liquidação de Diferenças, devido as características dos Contratos de Energia no Ambiente Regulado de Leilões de Energia Nova.

As debêntures estão expostas ao descasamento entre inflação e a taxa de juros de longo prazo. Os índices de cobertura do serviço da dívida mínimo e médio do cenário de rating da Fitch são de 1,19 vez e 1,38 vez. Sob cenários extremos, o projeto resiste a substanciais decréscimos da geração de energia e a incrementos de custos, e, ainda assim, cumpre suas obrigações financeiras. As debêntures terão o mesmo nível de senioridade que os financiamentos de longo prazo do BNDES. A distribuição de dividendos depende de DSCR mínimo de 1,25 vez. As debêntures, por sua vez, contam com garantia corporativa da Ômega Geração e uma fiança bancária do Banco ABC Brasil.

Uma ação de rating positiva pode acontecer caso o projeto tenha desempenho operacional e financeiro acima das expectativas assumidas pela Fitch por períodos sucessivos. Já uma ação negativa virá se houver volume de geração de energia abaixo de P-90 por períodos sucessivos ou aumento de despesas e custos operacionais acima de 15% do valor assumido.